Suspensão do x no Brasil é destaque na imprensa internacional
As tensões entre Musk e Moraes começaram em abril, quando o ministro ordenou a suspensão de contas por estarem propagando desinformação
A suspensão do X (Twitter) no Brasil pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é destaque em veículos de imprensa e agências de notícia ao redor do mundo neste sábado (31).
Os veículos destacam a escalada de tensões entre Elon Musk, dono da plataforma, e Moraes e o debate sobre liberdade de expressão e desinformação nas redes.
A Bloomberg disse que o Brasil tem tomado algumas das ações mais agressivas para responsabilizar empresas de tecnologia sobre desinformação.
"Alexandre de Moraes está liderando esforços para combater a desinformação e o discurso de ódio que ele afirma estarem prejudicando a democracia no Brasil", disse a agência de notícias. A BBC escreveu que Moraes ganhou destaque no Brasil após suas decisões de restringir plataformas de mídias sociais.
O Wall Street Journal destacou no título que a suspensão restringe o acesso a milhões de brasileiros e a Reuters citou que a decisão de Moraes pode fazer com que a plataforma perca um de seus maiores e mais cobiçados mercados, "em um momento em que Musk tem enfrentado dificuldades com a receita publicitária da plataforma", disse a agência.
Entenda a tensão entre Moraes e Musk
As tensões começaram quando, em abril, Moraes ordenou a suspensão de dezenas de contas do X por estarem propagando desinformação e, Musk, definido pelo Wall Street Journal como alguém que "construiu uma reputação como entusiasta da liberdade de expressão" disse que preferia fechar o escritório da rede no Brasil ao invés de cumprir a ordem.
Nesta semana, Moraes mandou suspender a rede social X após o empresário Elon Musk, dono da plataforma, se recusar a nomear um representante para responder pela empresa no Brasil.
Ele afirma que a plataforma tentou se esquivar da jurisdição brasileira "com a declarada e criminosa finalidade de deixar de cumprir as determinações judiciais". A empresa alega que as decisões do STF violariam a legislação e que seus funcionários no País vinham sendo ameaçados de prisão.
As informações são do Estadão Conteúdo