O píer do Jardim do Baobá, situado às margens do Rio Capibaribe, nas Graças, Zona Norte do Recife, foi reaberto à população. A estrutura havia sido danificada no último dia 16, em consequência da maré alta. Com o conserto do trapiche, o baobarco, serviço criado por um grupo de barqueiros, voltou a oferecer passeios pelo curso-d’água.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura do Recife, com a alta da maré a parte flutuante do píer foi elevada e ficou presa a um galho, provocando o deslocamento da estrutura de madeira. “Fizemos a poda do mangue e uma revisão na estrutura com ajuda de profissionais da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), que acompanha o projeto”, explicou a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Inamara Mélo.
De acordo com a gestora, a secretaria e a Capitania dos Portos estão elaborando a normatização de uso do píer, inicialmente previsto apenas para a contemplação do rio. Mas que acabou recebendo o baobarco.
O serviço é composto por três embarcações que levam os visitantes do Jardim do Baobá até a altura da Ponte-Viaduto Torre-Parnamirim. O passeio custa R$ 10 e crianças pagam meia. “Já que essa atividade passou a ser oferecida, precisamos estruturar meios de regularizar esse uso do espaço para evitar acidentes”, disse Anamara. Desde que foi inaugurada, a área recebe, em média, 1.500 visitantes nos fins de semana, número considerado acima do esperado pela secretaria.
Foram investidos cerca de R$ 900 mil na obra, recursos de medida compensatória. Além de abrigar um dos maiores e mais antigos baobás do Recife, o jardim recebe diversas intervenções culturais e artísticas .
“O passeio de barco eu ainda não fiz, mas pretendo. Moro em Casa Forte e faço piqueniques com os amigos no jardim aos domingos. É um lugar único aqui no Recife, coisa que a gente não tinha”, comentou o estudante Filipe Ramos.
O espaço tem cerca de 2,2 mil metros quadrados de área. O Jardim do Baobá é o primeiro trecho do Parque Capibaribe, resultado de uma parceria entre a Prefeitura do Recife e a UFPE. O projeto prevê intervenções ao longo de 30 quilômetros de margens do rio.