Na manhã deste domingo (11), mesmo com o céu encoberto por nuvens, dezenas de famílias foram conferir a entrega oficial do Jardim do Baobá, situado entre as Ruas Madre Loyola e Antônio Celso Uchôa Cavalcanti, por trás da antiga estação Ponte D’Uchôa, no bairro das Graças, Zona Norte da capital. Até as 17h, diversas atividades culturais, artísticas e esportivas serão realizadas no espaço de 2.200 m², que possui mesa coletiva de 10,5 metros para piqueniques, três balanços-escultura e até um píer flutuante.
Leia Também
- Domingo é dia de Jardim do Baobá nas margens do Rio Capibaribe
- O rio severino e sem plumas de João Cabral de Melo Neto
- Jardim do Baobá, do Parque Capibaribe, ficará pronto em cinco meses
- Bairro-parque, nas margens do Rio Capibaribe, vai atrair investimentos
- São Lourenço da Mata terá plano urbanístico para área cortada pelo Rio Capibaribe
O Jardim do Baobá é o primeiro trecho do Projeto Parque Capibaribe, fruto de uma parceria entre a Prefeitura do Recife e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que prevê intervenções ao longo de 30 quilômetros de margens do rio. O edital para a execução da próxima fase do projeto, na Avenida Beira-Rio, deve sair entre o final de setembro e o começo de outubro, segundo Inamara Mélo, secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife.
“Há ainda um terceiro trecho, na Capunga, que está sendo negociado com a iniciativa privada, e uma perspectiva de financiamento junto ao Banco Mundial para a execução de outra parte do projeto até o ano que vem”, explicou a secretária.
Ainda segundo Mélo, o objetivo do executivo municipal é trabalhar para que a relação do recifense com o Capibaribe seja modificada. “Este jardim é o marco inicial do que a gente quer para a cidade até 2037. É um projeto a longo prazo e queremos mostrar à população que nós temos um patrimônio natural e que podemos nos voltar e cuidar mais dele, reconectar a cidade ao nosso rio, ao nosso cartão-postal”, concluiu.
Apesar de já estar aberto ao público, o Jardim do Baobá ainda necessita de pequenos ajustes para ser considerado pronto. De acordo com a prefeitura, o revestimento em madeira do píer - feito sob encomenda e aguardando entrega - e parte da iluminação do local ainda precisam ser instalados, mas nada que impossibilite a utilização dos equipamentos já disponíveis.
A administradora Roberta Monteiro, 35 anos, levou a filha Lara, de um ano e nove meses, para conhecer o local e aprovou o que viu por lá. “Apesar de vivermos em uma cidade banhada por rios, uma proposta como a desse jardim é muito inovadora, pois o Recife cresceu de costas para o Capibaribe. Estou encantada com o espaço. Liguei para a minha mãe e disse ‘mãe, nem parece que estamos no Brasil’”, comentou.
O geólogo Ricardo Maranhão, 73, que brincava com o neto Lucas, de 2 anos, elogiou a estrutura do jardim, mas cobrou alguns ajustes à prefeitura. “É a primeira vez que venho e estou achando o local muito agradável. As únicas coisas que precisam melhorar é a descida para o píer, que deveria ser de um material antiderrapante, e a área perto do baobá, que está com um acúmulo grande de lama e pode acabar causando um acidente”, sugeriu.