Inaugurado há duas semanas, o Jardim do Baobá - localizado às margens do Rio Capibaribe, no bairro recifense das Graças – já serviu de cenário para discussões sobre os problemas da cidade. Um grupo se organizou pelas redes sociais e o WhatsApp para realizar o evento Não ao estupro. Na manhã deste domingo (25), eles confeccionaram faixas e cartazes no local para cobrar punição aos casos de estupro que vêm acontecendo no Estado. À tarde a ideia é fazer uma caminhada pela Avenida Rui Barbosa, chamando a atenção da população para o tema.
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A administradora de empresas, Sílvia Helena Range, de 33 anos é a organizadora do evento. “Somos cidadãs comuns e a ideia de fazer o evento surgiu de discussões em grupos de Facebook e WhatsApp. As mulheres convivem hoje com o mesmo sentimento de medo. Eu mesma deixei de fazer coisas simples, como ir de bicicleta para a ioga por medo”, diz.
Ela também afirma que o evento é uma tentativa de cobrar mais punição para quem comete crime de estupro. “Não estamos nos sentindo nem seguras nem representadas. O próprio governador (Paulo Câmara) sugeriu que a gente siga orientações de uma cartilha da PM que não condiz com as expectativas da população feminina”, destaca.
NOVOS ENCONTROS
O grupo pretende continuar se mobilizando e repetir o ato no Recife outras vezes. Do protesto de ontem participaram poucas pessoas, mas chamou atenção das famílias que freqüentavam o Jardim do Baobá e impressionou pela qualidade do debate.