Recuperação

Tragédia da Tamarineira: Marcelinha saiu do coma, confirmam familiares

A menina, vítima de um acidente na Tamarineira, está consciente desde a última sexta-feira, esboça reações ao ver familiares, mas ainda não fala

JC Online
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Publicado em 26/12/2017 às 20:09
Foto: acervo pessoal
A menina, vítima de um acidente na Tamarineira, está consciente desde a última sexta-feira, esboça reações ao ver familiares, mas ainda não fala - FOTO: Foto: acervo pessoal
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Familiares da menina Marcela Guimarães da Motta Silveira, de 5 anos, vítima do acidente que matou três pessoas e feriu gravemente outras duas no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, afirmam que ela não está mais em coma e que seu quadro de saúde tem evoluído diariamente. De acordo com uma parente da criança, ela saiu do coma induzido desde a última sexta-feira (22), e já teria iniciado tratamento com uma fonoaudióloga. A garotinha está internada no Hospital Santa Joana, bairro das Graças, área central da capital pernambucana, desde o dia 27 de novembro, data seguinte ao acidente.

"Os médicos já sentaram ela no colo de uma prima, já deram chocolate, e agora estamos esperando que ela possa voltar a engolir alimentos sólidos. Por enquanto ela não fala por causa de uma traqueostomia, mas esboça reações ao ver o pai e outros familiares", contou uma pessoa da família da criança, que preferiu não ser identificada. A assessoria de comunicação do Hospital Santa Joana informou em nota divulgada à imprensa nesta quarta-feira (27) que Marcela "permanece internada na UTI pediátrica, em coma vigil – ou seja, apesar de estar com os olhos abertos, não apresenta reflexos voluntários. A paciente recebe cuidados diários em reabilitação neurológica, motora e respiratória."

O que é Coma vigil

O coma vigil é um transtorno em que as funções mais básicas do sistema nervoso estão preservadas, mas a pessoa não demonstra perceber coisa alguma em si ou ao seu redor. Quem está no coma vigil dorme e acorda, tosse, boceja e move os olhos; mas não é capaz de olhar nos olhos de alguém, alimentar-se ou estabelecer uma conversa. Publicações científicas sobre o tema apontam que esse estado é "um meio caminho entre a normalidade e o coma."

O acidente

O jovem João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 25 anos, dirigia a 108 km/h o Ford Fusion que atingiu o Toyota RAV4 conduzido, a 30 km/h, pelo advogado Miguel Arruda. No acidente, morreram a mulher do advogado, Maria Emília Guimarães, 39 anos; seu filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, 3; e a babá grávida de três meses Roseane Maria de Brito, 23. A menina Marcela, 5 anos, e o pai ficaram gravemente feridos e ficaram internados no Hospital Santa Joana. Miguel Arruda recebeu alta no dia 11 de dezembro. O Laudo pericial constatando as velocidades faz parte do inquérito que foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

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