O adolescente Marlinson Alexandre dos Santos, de 17 anos, morreu eletrocutado, na noite de terça-feira (16/5), no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. A família do jovem está acusando a direção da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de negligência porque o adolescente teria levado o choque ao encostar num fio descoberto que faria parte da estrutura elétrica do Case.
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“Meu filho acordou de noite e viu que o ventilador estava desligado. Quando foi religá-lo, encostou num fio descoberto da gambiarra que é a fiação elétrica da unidade. O choque não foi no fio do ventilador, mas na fiação que eles deixam disponível para os internos usarem. Não fazem ligações seguras e colocam os adolescentes em risco”, criticou a mãe do jovem, Cynthia dos Santos.
Segundo a mãe do jovem, ela soube da causa da morte do filho por amigos dele. “Me ligaram da Funase às 22h da terça-feira apenas informando que meu filho tinha morrido de uma parada cardíaca no Hospital da Restauração. Não deram mais nenhum detalhe. Somente depois é que os meninos começaram a ligar para contar o que de fato tinha acontecido”, contou.
Resposta
Por nota, a Funase não deu muitos detalhes sobre o caso. Apenas confirmou que o adolescente passou mal no Case de Abreu e Lima e foi imediatamente levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Todos os esforços foram tomados para reverter o quadro, mais o jovem veio a óbito em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. O corpo do adolescente, que não apresenta marcas de violência, foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), que irá elaborar um laudo definitivo sobre a causa da morte. A Funase, por meio de sua Corregedoria, abrirá uma sindicância que irá apurar o fato. Todo o apoio está sendo dado à família, desde acompanhamento psicológico e social, até os custos com o funeral”, diz a nota. A família de Marlinson Alexandre dos Santos garantiu que vai processar a Funase e o Estado pelo ocorrido.
