Após reunião com representantes do governo Estadual no Palácio do Campo das Princesas, os pais da pequena Beatriz Mota, de sete anos, assassinada em Petrolina, Sertão do Estado, em dezembro de 2015, voltaram para casa nesta segunda-feira (13) com mais promessas na bagagem. De acordo com Lúcia Mota, mãe da menina, a Polícia Civil deve dar um parecer sobre o envolvimento dos funcionários do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora no crime até o fim desta semana. Além disso, a família deve pedir na Justiça a quebra do sigilo das investigações.
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Família e amigos viajaram cerca de 12 horas de Petrolina ao Recife para cobrar transparência nas investigações. Em agosto, a mãe e o pai da menina pediram acesso ao inquérito e, desde então, estavam sem respostas. "Nosso pedido foi negado pela polícia. Agora, vamos entrar com recurso, já que é nosso direito ter acesso a esses documentos", destacou a mãe, ao fim da reunião.
Participaram do encontro o secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto, o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehrle e a delegada responsável pelo caso, Gleide Ângelo. Segundo o delegado Joselito Kehrle, a família não conseguiu acesso ao inquérito porque o mesmo segue sob sigilo. Assim, foi recomendado pelo Estado que os pais buscassem a quebra de sigilo do caso, o que, de acordo com o advogado da família, deve acontecer.
"A família vem trabalhando de maneira paralela às investigações e deseja trabalhar pelas investigações para se chegar ao executor, ao mentor e aos participantes. Então, vamos buscar judicialmente essa abertura, com o maior cuidado para não atrapalhar as investigações", informou o advogado Jaime Badeca Filho.
PARCERIA
O chefe da PCPE afirmou ainda que um termo de cooperação entre as Polícias Civil e Federal deve ser firmado para auxiliar na investigação do caso, já que o suspeito pode estar fora de Pernambuco.