O botijão de gás, presente na maioria das residências, ainda gera dúvidas quanto ao seu manuseio correto. O incidente que ocorreu no último sábado, quando o objeto explodiu em uma residência no bairro de Padre Roma, em Jaboatão dos Guararapes, deixando sete pessoas feridas, entre elas cinco crianças, acendeu um alerta sobre os cuidados devem ser tomados. O gás de cozinha, formado por uma mistura dos gases butano e propano, é altamente inflamável, podendo causar acidentes.
O capitão do Corpo de Bombeiros Klebson Azevedo afirma que algumas medidas podem ser tomadas para evitar acidentes envolvendo botijões de gás nas residências e estabelecimentos comerciais. “Se deve atestar o tipo de produto que está sendo utilizado, se foi averiguado pelo Inmetro e se tanto a válvula quanto a mangueira estão no prazo de validade, que é de cinco anos. Depois, e o mais importante de tudo, é não trocar os objetos que formam o botijão por outros não apropriados. Por exemplo, modificar a mangueira própria dele por uma de jardim. Utilizar força bruta na válvula também danifica o objeto e pode causar vazamentos”, explica.
Klebson também desta alerta que, se o vazamento já estiver acontecendo, o ideal é facilitar a circulação do ar para que o gás seja dissipado. “Se a pessoa entrar em casa e sentir cheiro de gás, não deve ligar nenhum equipamento eletrônico, luz, lâmpada, ou nada que produza fagulha. E também deve abrir as janelas e portas o mais rápido possível, para dispersar o produto”, detalha.
Estado de saúde
No caso da família de Jaboatão dos Guararapes, o acidente foi causado pela má instalação do botijão de gás, que acarretou um vazamento. Ao acenderem a luz da cozinha, o objeto explodiu. O pai, Roberto Balbino, de 62 anos, e os filhos dele, Maria Betânia Balbino, 24 anos, Luciano Silva Balbino, 9, e Isabela Silva Balbino, de 5 anos, além de três netos, Tatiane Gabriela da Silva, de 6 anos, Nicoli Beatriz da Silva, 3 anos, Daniel Rodrigo da Silva, de 1 ano, ficaram feridos. Todos estão internados no Hospital da Restauração. O caso mais grave é o do menino Daniel, que teve 90% do corpo queimado e está em estado gravíssimo, respirando por aparelhos. Os outros tiveram entre 30% e 40% do corpo queimado e seguem internados sem previsão de alta, pois as queimaduras são de segundo e terceiro grau, gerando risco de morte.
