A diferença entre os preços de ovos de Páscoa no Recife pode levar os consumidores a pagarem o dobro por um mesmo produto, dependendo do local em que o item for comprado. Uma pesquisa realizada pelo Procon-PE, divulgada ontem, revela que alguns preços podem ser até 100% superiores.
Entre os 53 itens pesquisados, como peixes, crustáceos e produtos de mercearia, há alimentos cuja diferença de preço chega a ser ainda maior. Um exemplo é do filé de linguado. Em alguns locais, ele chega a ficar 150,6% mais caro que outros, já que os preços variam entre R$ 20 e R$ 51,38 nos estabelecimentos fiscalizados.
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No caso do chocolate, o quilo do ovo pode chegar a até R$ 416,58, cerca de 50% do valor do salário mínimo nacional. O valor mais barato do quilo de ovo de Páscoa foi encontrado por R$ 99,98. Já o quilo das caixas de bombons apresenta variações entre R$ 32,30 e R$ 42,63. Entre os moluscos, o produto com maior diferença foi o quilo do polvo, 111,96%. Em um estabelecimento sai por R$ 52,99, já em outro, R$ 25. Nos produtos de mercearia, a maior diferença foi constatada no preço do leite de coco. O mais caro foi encontrado por R$ 11,75 e o mais barato por R$ 4,35, uma diferença percentual de 170,11%. O levantamento foi feito em nove estabelecimentos do Recife, entre eles dois mercados municipais, e um de Olinda.
Dicas
O Procon-PE informa que a diferença de valores entre os mesmos produtos ratifica a necessidade de pesquisa dos preços antes das compras de Páscoa. Ao adquirir ovos de chocolate, a dica é ficar atento às especificações contidas na embalagem do produto, como prazo de validade, composição e peso líquido.
O consumidor também deve analisar as condições de armazenamento e higiene, verificando o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) na embalagem dos ovos que contém brinquedos. Quanto aos produtos artesanais, é preciso exigir que informações como a data de validade e as condições de conservação do produto estejam expostas.