Atualizada às 9h38
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,4% no trimestre encerrado em setembro deste ano, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em números absolutos, há 13 milhões de brasileiros sem emprego hoje.
O resultado divulgado hoje representa uma diminuição de 3,9%, se compararmos com o trimestre anterior, no entanto, levando em consideração o mesmo trimestre de 2016, o número de desempregados subiu 7,8%.
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O resultado ficou em linha com a mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego de 12,30% a 12,70%.
Desemprego cresceu
Apesar da melhora recente, o País ainda contava com 12,961 milhões de pessoas em busca de emprego no terceiro trimestre, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O resultado significa que há mais 939 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um aumento de 7,8%. Por outro lado, o total de ocupados cresceu 1,6% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,462 milhão de postos de trabalho.
Como consequência, a taxa de desemprego passou de 11,8% no terceiro trimestre de 2016 para 12,4% no terceiro trimestre de 2017.
Em setembro, o País tinha 179 mil brasileiros a menos na inatividade, em relação ao patamar de um ano antes. O recuo na população que está fora da força de trabalho foi de 0,3% no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2016.
O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,1% no terceiro trimestre.
Carteira assinada
O mercado de trabalho no País perdeu 810 mil vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 2,4% no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Pnad Contínua.
Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 6,2%, com 641 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 4,0% ante o terceiro trimestre de 2016, com 163 mil pessoas a mais.
O trabalho por conta própria cresceu 4,8% no período, com 1,056 milhão de pessoas a mais nessa condição. A condição de trabalhador familiar auxiliar aumentou 9,6%, com 198 mil ocupados a mais. O setor público gerou 161 mil vagas, um aumento de 1,4% na ocupação.
Houve aumento de 53 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 0,9% de ocupados a mais nessa função.
Agosto
No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desemprego estava em 12,6%. No trimestre terminado em setembro de 2016, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua foi de 11,8%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.115 no trimestre encerrado em setembro. O resultado representa alta de 2,4% em relação a igual período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 188,1 bilhões no trimestre até setembro, alta de 3,9% ante igual período do ano anterior.