Um título para ficar gravado na história, na memória...e no uniforme. No começo da tarde de hoje um desses dois padrões ao lado será modificado. Ou o azul francês receberá sua segunda estrela em cima do tradicional galo. Ou o quadriculado vermelho e branco croata ganhará a sua primeira no peito. Os Bleus se inspiram na frase “nossas diferenças nos unem” estampada no camisa para dar ao multiétnico país o bicampeonato. Já os incansáveis croatas se apoiam no símbolo do brasão de armas, de onde vem o xadrez, para travar a guerra pela conquista da inédita Copa do Mundo. A resposta sobre quem vai orgulhosamente exibir a estrela referente ao Mundial deste ano começará a ser dada ao meio dia de hoje, no estádio Luzhniki, em Moscou.
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A partida marcará um importante reencontro 20 anos depois. No dia 8 de julho de 1998, França e Croácia se enfrentaram no Stade de France, em Saint-Denis, pelas semifinais da Copa. Os anfitriões com um elenco recheado de craques, entre eles Didier Deschamps (atual treinador dos Bleus), ganharam de virada por 2x1, com gols do zagueiro Lilian Thuram. Na final, o camisa 7, que ganhou a braçadeira de capitão depois da expulsão do antigo dono Laurent Blanc na semifinal, ergueu a taça diante do Brasil.
“Temos de viver o presente e não mencionar nossas histórias. Alguns não eram nascidos, mas conhecem a história, viram as fotos. Isso pertence a muitos franceses, mas não aos jovens. Não posso contar sobre histórias de vinte ou dez anos atrás, estou aqui para escrever uma nova página, a mais bonita delas”, afirmou Deschamps, depois da vitória sobre a Bélgica na semifinal.
Apesar da derrota há duas décadas, a Croácia tem boas lembranças da até então melhor campanha dela. Davor Suker principalmente. Ele foi o artilheiro daquele Mundial com seis e deixou sua marca na citada partida. Aos 50 anos, o atual presidente da federação croata se mostrou feliz em ver sua geração sendo superada. “Nós pensávamos que a campanha de 1998 não voltaria a acontecer, mas aconteceu. Parabenizo, sinceramente, os jogadores e a comissão técnica. É incrível, a Croácia está na final da Copa”, comemorou Suker, que por meio da federação, convidou seus companheiros da campanha de 98 para assistir ao duelo.
Os franceses, por outro lado, vão tentar se recuperar do trauma da final da Eurocopa de 2016 quando foram derrotados pelos portugueses. Na ocasião eles eram os favoritos por terem eliminado a campeã mundial Alemanha e agora dizem ter aprendido a lição. O autor do gol sobre a Bélgica que classificou a seleção para a final do Mundial, Umtiti também falou sobre a diferença das finais. “Cada um de nós é diferente e se prepara de uma forma. Coletivamente, sabemos o que fizemos de errado e o que devemos fazer agora. Isso é conversado entre nós”, declarou.
SUPERAÇÃO
Do lado croata, mesmo depois de encarar três prorrogações seguidas, o técnico Zlatko Dalic disse que seus atletas vão se superar mais uma vez. “Somos o único time da Copa que vai jogar oito jogos. Isso é muito difícil. Mas me parece que quanto mais difícil as circunstâncias, melhor nos jogamos futebol”, afirmou o treinador.
FICHA DA PARTIDA - FRANÇA X CROÁCIA
França: Lloris; Pavard, Umtiti, Varane e Lucas Hernández; Pogba, Kanté, Matuidi e Griezmann; Mbappé e Giroud. Técnico: Deschamps.
Croácia: Subasic; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic; Rakitic, Brozovic, Rebic, Modric e Perisic; Mandzukic. Técnico: Zlatko Dalic.
Final da Copa do Mundo. Local: Estádio Luzhniki, em Moscou (RUS). Horário: 12h (de Brasília). Árbitro: Néstor Pitana (ARG). Assistentes: Hernan Maidana e Juan Pablo Belatti (ARG).