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A balança do clássico entre Santa Cruz e Náutico

Clássico das Emoções entre Santa Cruz e Náutico é válido pela sétima rodada do Estadual, às 18h30, no Arruda

Davi Saboya e Diego Toscano
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Davi Saboya e Diego Toscano
Publicado em 16/02/2018 às 7:08
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Clássico das Emoções entre Santa Cruz e Náutico é válido pela sétima rodada do Estadual, às 18h30, no Arruda - FOTO: Fotos: JC Imagem
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Com realidades parecidas para 2018, Santa Cruz e Náutico fazem o primeiro Clássico das Emoções do ano amanhã no Arruda. Pela sétima rodada do Pernambucano, tricolores e alvirrubros chegam ao duelo com futebol irregular e conquistas diferentes. E o JC analisou a dupla pernambucana em três aspectos: desempenho, elenco e resultado.

Com pouco mais de R$ 200 mil de folha salarial, o Timbu começou o ano conquistando seus objetivos. Mesmo no sufoco, passou da fase preliminar da Copa do Nordeste contra o Itabaiana, nos pênaltis, e avançou duas fases na Copa do Brasil, eliminando Cordino (MA) e Fluminense de Feira (BA). No Pernambucano, é o líder da competição, com apenas uma derrota em seis jogos.

Apesar dos bons resultados, o futebol ainda não agrada a torcida pela irregularidade. Após 12 partidas, o Timbu alternou momentos de futebol-resultado, como as classificações dramáticas na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste, com exibições praticamente perfeitas, como o 4x0 contra o Salgueiro usando um time alternativo e o 3x0 ante o Sport.

Já em termos de elenco, um grupo jovem foi formado pela diretoria alvirrubra para a temporada 2018. Dos 31 jogadores já utilizados no ano, apenas cinco tem mais de 30 anos: Camacho (32), Negretti (32), Josa (33), Wallace Pernambucano (31) e Daniel Bueno (34). Com isso, começam a se destacar promessas da base, como os goleiros Bruno e Jefferson, o volante Willian Gaúcho e os atacantes Tharcysio e Robinho.

Para futuro, experientes reforços já estão no Recife e devem estrear em breve: o goleiro Luiz Carlos (ver abaixo), o volante Wendel, que jogou no Sport entre 2014 e 2015, e o atacante paraguaio Ortigoza, que veio do Cerro Porteño.

Já o Santa Cruz tem uma folha salarial no mesmo patamar do Náutico. Assim como o rival alvirrubro, precisou se enquadrar nos baixos números financeiros de um time na Terceira Divisão e montar um elenco praticamente do zero. Só que os resultados demoraram para acontecer.

A Cobra Coral saiu derrotada na única decisão que teve, diante do Flu de Feira, na primeira fase da Copa do Brasil, e deixou de faturar R$ 600 mil. As duas primeiras vitórias aconteceram apenas depois de seis jogos amargos e uma mudança completa na forma de jogar. Pressionado, Júnior Rocha precisou focar no resultado ao invés de montar um time valorizando a posse de bola.

O elenco tricolor foi montado com jogadores rodados e mais experientes. O único oriundo da base no time titular é o meia Jeremias. Exceto o lateral-direito Vitor e o atacante Augusto, que permaneceram do ano passado, o restante da equipe de Júnior Rocha é formado por novatos no Arruda. Foram 20 jogadores contratados. O maior destaque no início desta temporada é o goleiro Tiago Machowski. Criticado pelo condicionamento físico, tem se destacado nos últimos jogos com grandes defesas. Como também o garoto Jeremias.

OPINIÃO

“Roberto Fernandes viu desde o início que teria que implementar uma espécie de futebol-resultado no Náutico. Pela limitação de seu grupo. Por isso saiu na frente do Santa Cruz. Júnior Rocha optou por um esquema tático que não casava com a qualidade de seu elenco”, destacou Carlyle Paes Barreto, colunista do JC. “Sem falar que o Náutico tem mais opções que o Santa. Jogadores mais rodados no meio de campo e um deles fazendo a diferença lá na frente”, acrescentou.

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