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Candidato único, Edno Melo aponta saída para crise do Náutico

Edno é o candidato a presidente do Náutico pela chapa Resgate Alvirrubro

Davi Saboya
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Davi Saboya
Publicado em 24/06/2017 às 15:33
Foto: André Nery/Acervo JC Imagem
Edno é o candidato a presidente do Náutico pela chapa Resgate Alvirrubro - FOTO: Foto: André Nery/Acervo JC Imagem
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Pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro. A frase do pensador grego, Heródoto, se encaixa na realidade do Náutico. A situação administrativa e financeira nunca foi fácil e o cenário atual mostra o grande acúmulo de problemas que se acumulam de gestões passadas. Encabeçando a chapa Regaste Alvirrubro, única inscrita para a eleição antecipada para o dia 16 de julho, Edno Melo já sabe os pontos que vai precisar trabalhar.

“Temos primeiro que diminuir despesas, segundo buscar novas receitas, terceiro parar com os bloqueios da Justiça e quarto entrar o mais rápido possível na causa contra o Consórcio que administrava a Arena por conta da quebra do contrato. Temos também que voltar para os Aflitos, pois assim podemos gerar novas recursos em diversos pontos”, frisou Edno.

Para a Série B deste ano, a atual diretoria reduziu em 60% a folha salarial, que girava em torno de R$ 900 mil. E isso não foi a primeira vez na história do Timbu. Em 2011, o Náutico passou por uma situação semelhante sob a gestão do ex-presidente Berillo Júnior.

“Na Série B, o Náutico é economicamente inviável. Digo isso pela experiência que tive. Em 2011, deixamos o Náutico na Série A. Minha gestão foi 2010 e 2011. No Pernambucano, tínhamos uma folha de R$ 770 mil. Era Roberto Fernandes o treinador. Quando acabou o Estadual, decidimos tirá-lo e trouxemos Waldemar (Lemos). Disse a ele que não podíamos ter uma folha de R$ 770 mil e era preciso reduzir para chegar em R$ 500 mil. Se você quiser equilibrar o Náutico ou qualquer outro clube, tem que equilibrar as contas. Quando você não paga os atletas, comissão técnica e funcionários é garantia de insucesso”, contou Berillo.

NÃO DEU CERTO

No entanto, uma grande arrecadação não é garantia de sucesso no futebol. No ano de 2013, o Náutico era o único pernambucano na Série A, classificado para a Sul-Americana, recém- chegado na Arena Pernambuco e teve a maior receita da história do clube: R$ 48 milhões. Porém, acabou rebaixado de maneira vexatória para a Segunda Divisão. Ainda enfrentou uma greve de jogadores por conta do atraso salarial, situação semelhante ao que ocorreu este ano.

“Digo sempre que dois mais dois no futebol nunca são quatro. Em 2012 tivemos um ano espetacular no futebol e em 2013 no futebol não repetimos o mesmo sucesso, mas fizemos uma gestão muito boa administrativamente. Pagamos um bocado de dívidas. E não estou colando a culpa em ninguém. Eu deixei dívidas e todo mundo deixou ou vai deixar. Só não deixou o presidente da fundação do Náutico”, argumentou Paulo Wanderley, que presidiu o Timbu em 2012 e 2013.

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