O maior nome do pentatlo moderno brasileiro tem origem pernambucana. Yane Marques é a única representante do País que já subiu em um pódio de Olimpíada, quando em Londres-2012 faturou o bronze. Natural de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Estado, ela já disputou três Jogos na carreira e ainda não cravou se vai buscar a vaga para Tóquio-2020. A preocupação maior é que Pernambuco, Estado de onde saiu os três principais nomes femininos do esporte no Brasil, não visualiza uma substituta no alto rendimento.
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O coordenador da Confederação Brasileira, Michael Cunningham, revelou que há uma escassez de mulheres com interesse no pentatlo no cenário internacional. “É um problema global. Exemplo disso é que no Mundial Militar não houve atletas suficientes para fazer uma eliminatória. Temos esse problema e queremos resolvê-lo”, contou.
NADADORA
A resolução é dada da seguinte forma. A nadadora que hoje apresente resultados expressivos tem potencial para se tornar uma pentatleta. Basta ter interesse no esporte e ter até 15 anos de idade. “Ainda não temos esse perfil e estamos procurando, porque não há substitutas no feminino. Se surgir uma menina com a natação boa e tiver disposta a fazer pentatlo, ela vai ser muito bem acolhida e vai receber atenção especial. As chances de ela ter um futuro promissor são grandes. Yane, por exemplo, migrou da natação para o pentatlo aos 19 anos. Na época, ela não dominava a esgrima. Aprendeu e hoje é uma das melhores do mundo”, observou.
Pernambuco tem os três principais nomes do pentatlo moderno feminino. Além de Yane, Larissa Lellys e Priscila Oliveira transitam no cenário internacional há anos. As três tem entre 27 e 33 anos, o que configura que elas têm pela frente mais um ciclo olímpico. Na última sexta-feira, o trio encerrou a temporada com a medalha de bronze por equipes no Campeonato Mundial Militar, realizado na Alemanha. Yane faturou o terceiro lugar individual.