O Santa Cruz não conseguiu uma peça de reposição para o atacante Grafite e tem sentido a falta de uma referência no pelotão de frente. A primeira aposta foi o centroavante Vinícius, mas em oito jogos disputados, ele não conseguiu se firmar e muito menos balançar as redes. Ciente, a diretoria coral deixou clara a necessidade de contratar até dois jogadores para disputarem a camisa nove.
Sem tempo a perder, o técnico Júnior Rocha vem utilizando o meia Héricles improvisado na função de falso nove. Completando o ataque, Fabinho Alves e Robinho ganharam as outras posições. No entanto, o encaixe foi tímido nas partidas e sentido bastante na decisão contra o Sport pelo Pernambucano. Quando foi necessária uma maior resposta, o que se viu foi um time sem poderio para investidas.
O artilheiro da equipe é Robinho com três gols. Logo atrás, o zagueiro Augusto Silva e os meias Jeremias, Arthur Rezende e Héricles, e o atacante Fabinho Alves com um a menos. Balançaram a rede apenas uma vez: o lateral-direito Vitor e os volantes Jorginho e Luiz Otávio. No total, em 16 jogos, foram 16 gols marcados e 14 sofridos.
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Capitão, o zagueiro Genilson acredita que o Santa Cruz não tem um destaque no ataque por conta do modelo coletivo de jogo, que vem sendo pedido pelo técnico Júnior Rocha. Ele ainda lembrou que, apesar dos poucos gols, o ataque coral tem se mostrado eficiente nas oportunidades criadas. O defensor ainda ressaltou que o clássico contra o Sport pelo Pernambucano foi exceção e confia no potencial dos companheiros do pelotão de frente.
“Acho que estamos sendo seguros ali atrás e firmes na linha de defesa. O professor (Júnior Rocha) pede sempre para jogarmos de forma coletiva. Acho que por isso ninguém tem se destacado com uma diferença grande de gols”, afirmou o jogador coral. “Temos criado chances e nos mostrando efetivos. Espero que nos próximos jogos possamos criar bastante, ao contrário desse último confronto, que foi atípico, e alguém lá na frente se destaque”, completou.
NOVE
Questionado se o Santa Cruz sente a falta de um “homem gol”, o zagueiro Genilson concordou, mas ressaltou que não durante todos os jogos. A opção adotada por Júnior Rocha tem sido aprovado por ele. “Às vezes, sentimos em alguns momentos e bolas do jogo. Só que muitas equipes estão atuando com um meia no lugar do nove. Mas acredito que o Héricles está se adaptando e espero que siga bem”, comentou o capitão.