Depois de um fracasso total em 2018, o Santa Cruz quer ajustar ainda mais os setores administrativo e financeiro e refletir isso dentro de campo. Segundo o coordenador do núcleo de gestão Roberto Freire, o valor estimado para o departamento de futebol gastar por mês no próximo ano é de R$ 320 mil. Com isso, os outros setores do clube irão custar em média R$ 180 mil. Para equilibrar as contas, a Cobra Coral quer controlar os gastos em cerca de R$ 500 mil. A prática foi semelhante à utilizada nesta temporada.
Esse valor pode aumentar, caso o Tricolor do Arruda consiga mais recursos. Por isso, a intenção é avançar o máximo na Copa do Brasil e ganhar as cotas da competição. O que não aconteceu neste ano, pois o time não passou da primeira fase, parando no Flu de Feira.
“Dividimos o clube em dois núcleos. O futebol: atletas, comissão, base e futsal. Na comissão tem administrativo, departamento médico, cozinha, lavanderia e campo. Cada setor tem um orçamento definido. Com atleta, será gasto R$ 200 mil. A comissão técnica está definido que custará R$ 80 mil com o treinador. Também está confirmado que o futebol de base com o futsal vai custar R$ 40 mil. O resto do clube tem que custar R$ 180 mil para chegar em R$ 500 mil, que pretendemos. Isso é um desafio”, afirmou o coordenador do núcleo.
Leia Também
- Passivo é desafio da direção do Santa Cruz
- Santa Cruz busca cortar gastos e aumentar receita
- Presidente do Santa Cruz otimista sobre renovações de Vítor e Jailson
- Executivo e técnico são próximos passos do Santa Cruz após renovações
- Em parceria com empresa, Santa Cruz projeta troca do gramado do Arruda
Como este ano acabou de maneira precoce, a intenção é começar a pré-temporada mais cedo em relação à última, que começou em janeiro. De acordo com o planejado, por volta de 24 jogadores devem começar os trabalhos entre pratas da casa, renovados, permanentes e contratados. Quatro atletas estenderam o vínculo: o goleiro Ricardo Ernesto, o volante Eduardo, o meia Geovani e o atacante Pipico. Além deles, o zagueiro Danny Morais, o volante Charles, o meia Hericlis e o atacante Augusto já estavam com os vínculos estendidos até o fim de 2019.
A direção do Santa Cruz ainda mira a renovação com o lateral-direito Vítor, o zagueiro Sandoval e o meia Jailson. Os três estão negociando diretamente com o presidente Constantino Júnior. Depois dessa etapa, a cúpula de futebol coral irá partir para o acerto com um executivo de futebol e em seguida com o treinador. Roberto Fernandes não fica no Arruda.
“Os atletas irão voltar em outubro. Um grupo de jogadores volta nesse mês e vai trabalhar outubro e novembro. O elenco para chegarmos nesse valor terá oito atletas do sub-23, seis jovens do sub-20, os jogadores que renovaram e os que tinham contratos estendidos. Dessa maneira, começamos já com um time. Os jogadores da base a média salarial é baixa. Quem ganha mais são só alguns”, disse Roberto.
ARRUDA
Outro ponto que a Cobra Coral espera que melhore para a próxima temporada é a presença de público. De acordo com o coordenador do núcleo gestor, o único jogo que não gerou prejuízo foi a semifinal da Série C contra o Operário, com quase 50 mil corais. Isso porque o valor médio do ingresso está baixo para a estrutura do estádio. A média de público anual ficou em 8.920 tricolores. O que resultou em uma renda total de R$ 1.678.544 com bilheteria.
“Receita com renda de jogo tivemos prejuízo em todos os jogos, exceto a partida contra o Operário. Se colocarmos dez mil pessoas com o atual ticket médio de dez reais, que foi aplicado na maior parte de 2018, gera prejuízo. Se falarmos em aumentar o ingresso, somos bombardeados. Não se diz que o Santa Cruz é time de pobre? Fizemos uma pesquisa que mostra o contrário. Sabe o porquê a torcida não vem ao jogo? Pela violência fora do estádio e nas proximidades”, finalizou Roberto Freire.