Copa do Brasil

'Formamos uma bela equipe', diz presidente do Sport campeão em 2008

Milton Bivar foi o mandatário do Sport na conquista do título da Copa do Brasil de 2008

JC Online
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Publicado em 11/06/2018 às 11:13
Foto: Rodrigo Lobo/Acervo JC Imagem
Milton Bivar foi o mandatário do Sport na conquista do título da Copa do Brasil de 2008 - FOTO: Foto: Rodrigo Lobo/Acervo JC Imagem
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Presidente do título da Copa do Brasil de 2008, Milton Bivar fez algumas revelações sobre a histórica campanha naquele ano. Na montagem do elenco, disse que trouxe na “marra” Durval e Bala, quase contratou Marcelo Moreno, além de passar a acreditar no título após o duelo ante o Inter.

CONFIRA

ELENCO

Fizemos uma montagem em sequência. Parte dos jogadores já era da casa, alguns até contratados por mim, como foi o caso da permanência de Magrão, Durval e Cléber, em 2006. Em 2007, trouxemos mais alguns jogadores como Carlinhos Bala, Luciano Henrique, Igor, Dutra – um dos que mais batalhei para contratar. Já com Durval e Carlinhos Bala, no início, fui voto vencido. O pessoal não queria Durval, pela falha dele na final (Libertadores) pelo Atlético-PR, e Carlinhos Bala, pela polêmica do gesto para a torcida do Sport. Mas eu insisti e trouxe na marra. Em 2008 trouxemos Daniel Paulista, Romerito, Sandro Goiano, Luisinho Netto, Leandro Machado e Roger. Formamos uma bela equipe, já sob a batuta de Nelsinho, que não era muito chegado a contratações.

CONFIANÇA

Lembro que foi no jogo contra o Internacional, no Beira-Rio, em que perdemos, no fim do jogo, com gol de Alex. Nesse momento, desci para o vestiário, reuni todos e disse “olha, fomos campeões hoje! Esse 1x0 nós vamos tirar lá na Ilha de todo jeito. Lá, quem manda é a gente!”. No dia seguinte no café da manhã no hotel mantivemos o mesmo discurso, que foi absorvido e replicado pela comissão técnica. Foi nesse momento que bateu a dose de otimismo em mim e logo passei para o grupo.

NÃO VIERAM

Só me lembro do caso do centroavante boliviano Marcelo Moreno, que estava na reserva do Cruzeiro. Eu queria ele de todo jeito. O treinador do Cruzeiro na época era Dorival Junior. Me liberaram para conversar, ele estava na concentração. Mas, por azar nosso, ele terminou entrando no jogo seguinte, fez gol e, na segunda-feira pós-jogo, não liberaram mais.

VETO A ROMERITO

Com certeza teve influência total do pessoal do Corinthians. Lembro bem que reuni a comissão técnica, avisei que ele não jogaria e encerrei o assunto, para não dar brecha para confusão. Muita gente nos criticou dizendo “como é que não consegue manter o contrato do jogador por mais um mês?”. E ainda assim tivemos a sacada de trazer o Romerito para a final. Mesmo sem jogar, ele estava dentro do vestiário e nas arquibancadas.

BASTIDORES

Um caso marcante foi o jogo contra o Vasco no Rio. Armaram uma verdadeira arapuca pra gente. Nos colocaram num corredor polonês, apedrejaram e quebraram vidros do nosso ônibus. Queriam ganhar no grito. Trancaram as portas de saída do vestiário para o campo, nos impedindo de reconhecer o gramado e aquecer antes do jogo.

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