“Nesta semana, o Sport anunciou um novo técnico”. A frase que deveria ser usada, à princípio, em poucas oportunidades, tornou-se uma expressão banal na Ilha do Retiro. Com a chegada de Milton Mendes, ontem, o Leão tornou-se a segunda equipe de toda a Série A que mais trocou de técnico nos últimos 10 anos.
Foram 29 treinadores diferentes, rendendo uma média de um novo comandante a cada quatro meses. Os números só são inferiores ao rival regional, Bahia, que teve 31 trocas.
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Quando analisamos o cenário rubro-negro, vemos que a situação é ainda mais crítica, visto que, dos 29 profissionais, apenas um iniciou e terminou o mesmo ano: Nelsinho Baptista. O fato se deu durante a campanha que culminou no título da Copa do Brasil em 2008 e na participação na Libertadores de 2009.
Outra tendência é a repetição de nomes que já estiveram à beira do gramado rubro-negro antes. Seis treinadores tiveram passagens repetidas entre 2008 e 2018. Foram eles Nelsinho Baptista, Mazola, Daniel Paulista, Eduardo Baptista, Sérgio Guedes e Geninho.
MEDALHÕES MAL
Os melhores aproveitamentos do Leão não aconteceram com técnicos “medalhões”. Pelo contrário. Nomes como Oswaldo de Oliveira, Vanderlei Luxemburgo e Emerson Leão não tiveram sucesso. Por outro lado, o Top 3 vem de treinadores desacreditados. Givanildo Oliveira (2010), teve 69% de aproveitamento, enquanto os, até então interinos, Daniel Paulista (2016) e Mazola (2011), tiveram 66% e 65%.