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'CT ameaçado' e dívidas: ex-presidente do Sport critica gestão Arnaldo Barros e Deliberativo

Luciano Bivar acusa irresponsabilidade na atual gestão do Sport e ainda aponta o Conselho Deliberativo como conivente

Diego Borges
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Diego Borges
Publicado em 03/12/2018 às 11:33
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
Luciano Bivar acusa irresponsabilidade na atual gestão do Sport e ainda aponta o Conselho Deliberativo como conivente - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Com o rebaixamento no Campeonato Brasileiro consolidado, a corrida eleitoral do Sport - que já havia apresentado os primeiros episódios -, ganhou ainda mais força. Pivô na queda de divisão, a atual gestão do presidente executivo Arnaldo Barros se tornou um alvo ainda maior para os ataques dos concorrentes.

É o caso do ex-presidente Luciano Bivar, irmão do candidato Milton Bivar. Em entrevista à Rádio Jornal, o ex-mandatário leonino teceu uma série de comentários sobre a atual gestão de Arnaldo Barros e ainda realiza uma projeção de consequências que o clube enfrentará, podendo até, de acordo com ele, ter o Centro de Treinamentos sob risco de alienação para quitar débitos adquiridos.

"Ganhar ou perder faz parte do jogo. O que a gente não pode é ser irresponsável em um clube centenário. Não cabe mais isso. Algumas vezes entrei para evitar aventureiros no clube. A gente dorme com o inimigo. Como chega a uma situação dessas?" Questiona Bivar, antes de denunciar. "Uma catástrofe financeira do Sport, com pagamentos médios a longo prazo de R$ 40 milhões. O CT vai entrar no centro do furacão para garantir dívidas, com certeza. Dói isso. Dói muito. Alguma coisa tem que ser feita para que isso não se repita no futuro."

Além do poder Executivo do clube, Luciano Bivar também ressalta o papel do Conselho Deliberativo, órgão que acredita ter sido conivente com a administração de Arnaldo Barros.

"O fórum tem que ser o Conselho do Sport. A gente tem que curar algumas coisas para não acontecer no futuro. As dívidas estavam sob controle. Qualquer empresa entra no refis e paga. Mas além de abandonar o pagamento do refis, contraiu mais dividas à revelia do Conselho Deliberativo. Pegaram dinheiro na CBF, dinheiro na Caixa Econômica. Tem que ver essas coisas. Acabar a vaidade de ter que ser campeão a qualquer custo", aponta.

CAMPANHA DE OPOSIÇÃO

Sobre o processo eleitoral, apesar de não possuir cargo ou função determinada na chapa do irmão Milton Bivar, Luciano reafirma apoio à candidatura, mas reforça o posicionamento contrário à situação, independente de quem assuma o clube.

"A gente está com uma campanha bem estruturada. O candidato é Milton. Qualquer que seja o presidente, tem que se passar a limpo. Tem que se cobrar responsabilidade. Dói para um rubro-negro, todos nós que fizemos a pirâmide. Não foi do dia para a noite que nasceu aquela sede, o estádio. Não pode minar isso em duas gestões", completa, antes de apontar o trabalho do atual presidente como 'inconsequente'.

"Tendência para uma gestão temerária. Fiquei calado porque sabe como é futebol, se você critica e o time consegue uma vitória, você é acusado de não descer do palanque. O que a gente quer é no final de semana torcer por um time competitivo. É por ai. Fazer o que fizeram, é de uma inconsequência e uma temeridade sem tamanho."

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