Apesar do Sport não ter conseguido evitar o rebaixamento, o jogo contra Santos teve um enredo feliz para os pais do goleiro Maílson, Ivanildo e Cícera. Pela primeira vez, eles acompanharam um jogo do filho no estádio da Ilha do Retiro. Há seis anos, o arqueiro rubro-negro deixou a cidade de Girau do Ponciano, no interior de Alagoas, para morar no alojamento da base leonina e buscar o sonho de ser jogador de futebol.
“É muito grande a emoção. Vim aqui (na Ilha do Retiro) para ver ele se destacar”, diz o pai. “Emoção muito grande, alegria grande. Realizando um sonho”, completa a mãe.
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Ao lado dos pais de Maílson estava o irmão Denival. Aos 18 anos, ele também é jogador do Sport e faz parte da equipe sub-20. Longe da família, os dois moram juntos no Recife. Ambos se dividem entre o lar na capital pernambucana e as concentrações nas vésperas dos jogos.
“É uma emoção e um orgulho para mim ter um irmão nesse jogo tão importante. Ver ele jogar é um orgulho para toda a família”, aponta Denival.
Os 90 minutos do jogo foram de tensão para os familiares e amigos de Maílson. A cada lance de ataque do Sport muito incentivo e apoio. Já quando o Santos chegava próximo da defesa rubro-negra muita tensão e expectativa para uma defesa do filho.
“Maílson defendeu mais bolas que o goleiro do Santos. O Sport tem que melhorar mais, chegar mais junto. Estão errando muito passe”, alertou Ivanildo durante o intervalo da partida.
A CAMINHADA DE MAÍLSON
Tornar-se um jogador de futebol sempre foi um sonho do goleiro do Sport. Os primeiros passos foram em um time amador administrado pela família. Ainda pequeno, Maílson ficava acompanhando as partidas e deixava nítida a vontade de participar. Até que faltou um goleiro na equipe e o jovem alagoano agarrou a oportunidade em busca do sonho.
“Colocamos ele para pegar bola quando um sobrinho da gente faltou. Aí ele pegou o primeiro, depois fomos jogar em outro sítio e ele destacou. Seu professor, Adeildo, levou ele para Arapiraca, Murici e depois foi para Maceió. Aí seu Adeildo trouxe ele para cá e aqui ele ficou. Graças a Deus”, relembra o pai.
Longe dos filhos, Ivanildo Firmíno e Cícera Tenório não esconderam a saudade. Principalmente a mãe que de tanto apego busca se comunicar sempre para aliviar o aperto no coração. Ficar longe do filho não é fácil, mas os pais de Maílson se satisfazem com a realização dele e Denival.
“(O coração) fica apertado. Muito apertado. Mas toda semana eu mato a saudade falando com eles. Hoje é um sonho estar aqui. Com fé em Deus, ele vai chegar lá”, incentiva dona Cícera.
A primeira temporada no time profissional do Sport não acabou do jeito que Maílson esperava. Para ajudar a superar o rebaixamento, o goleiro terá o apoio incondicional da família. Eles ainda comemoraram os gols da vitória do por 2x0 em cima do Santos e lamentaram o sofrido.
“A gente tem que apoiar e ele tem que ter força para superar os momentos mais difíceis. Que ele consiga se firmar e daqui para o próximo ano a gente esteja nessa luta de novo para chegar lá. Não sei se o time vai ficar ou vai ter uma baixa. Mas vamos fazer força para o meu filho crescer aqui e ter muito resultado no Sport”, deseja seu Ivanildo.