O Serviço Federal russo de Segurança (FSB) atacou o aplicativo Telegram, nesta segunda-feira (26), denunciando que os autores do atentado de São Petersburgo, cometido em abril passado, usaram esse serviço de mensagens criptografadas.
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O governo russo já ameaçou bloquear o aplicativo.
"Durante a investigação sobre o ataque terrorista de 3 de abril no metrô de São Petersburgo, o FSB recebeu informações confiáveis sobre a utilização do Telegram pelo agressor suicida, por seus cúmplices e por seu responsável no exterior para dissimular seus planos criminosos", afirma o FSB em um comunicado.
Segundo a mesma fonte, eles recorreram ao Telegram "em cada etapa da preparação desse ataque terrorista", o qual deixou 15 mortos. Um grupo ligado à rede Al-Qaeda reivindicou o ato.
De acordo com o FSB, "os membros de organizações terroristas presentes no território russo usam o Telegram", aplicativo que permite trocar mensagens de textos e de áudio, vídeos e fotos, de forma muito segura.
Telegram é criticado com frequência
Essas acusações não são novas para Telegram, lançado em 2013 pelo russo Pavel Durov e por seu irmão Nikolai. O app é, com frequência, criticado em vários países por servir de meio de comunicação para grupos terroristas, assim como por sua recusa a repassar dados de seus usuários para as autoridades.
Essas declarações do FSB surgem no momento em que a Roskomnadzor - agência russa reguladora do setor de Mídia e Telecomunicações - ameaça bloquear o Telegram, se não lhe fornecer informações sobre a empresa que administra o serviço, de acordo com as novas normas estipuladas pelo governo.