Nigéria

Atentado suicida na Nigéria deixa 28 mortos e 82 feridos

Três mulheres se explodiram nesta terça em um campo para deslocados no nordeste da Nigéria

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Publicado em 15/08/2017 às 21:57
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Três mulheres se explodiram nesta terça em um campo para deslocados no nordeste da Nigéria - FOTO: Foto: AFP
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Três mulheres se explodiram nesta terça-feira na entrada de um campo para deslocados no nordeste da Nigéria, deixando 28 mortos e 82 feridos, segundo fontes locais.

"As três mulheres ativaram seus cinturões com explosivos na entrada de um campo de deslocados" na cidade de Mandarari "deixando 28 mortos e 82 feridos", revelou Baba Kura, membro das milícias civis que combatem o grupo extremista Boko Haram.

O ataque aconteceu a 25 quilômetros de Maiduguri, capital do estado de Borno.

Kura contou que depois do primeiro ataque o pânico se espalhou.

"As pessoas tentavam fechar as suas lojas quando outras duas mulheres explodiram as suas cargas causando a maior parte das mortes", disse.

Ibrahim Liman, comandante da milícia local que luta contra os extremistas, confirmou os detalhes do ataque e disse que os feridos foram levados ao hospital de Maiduguri.

Uma fonte no hospital confirmou que uma "grande quantidade" de pacientes havia dado entrada.

O conflito contra o Boko Haram, que deixou mais de 20.000 mortos e 2,6 milhões de deslocados na região do Lago Chade, desencadeou uma grave crise humanitária e alimentar.

No sábado, mais de 30 pescadores morreram pelas mãos do grupo às margens do Lago Chade, onde foram atacados por dois grupos de combatentes.

Há duas semanas, três vendedores de lenha foram decapitados na mesma região, acusados pelos combatentes de serem espiões das forças de segurança. 

Ataques esporádicos

A medida em que o Boko Haram perde terreno nas grandes cidades em torno do Lago Chade, o grupo segue realizando ataques esporádicos em estradas e pontos estratégicos da região, o que impede o acesso do  Exército e também das ONGs que atendem a população. 

No final de julho, uma emboscada contra uma equipe de prospecção da Companhia Nacional de Petróleo da Nigéria (NNPC), acompanhada por geólogos da Universidade de Maiduguri, deixou cerca de 70 mortos. 

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