Alemanha

Social-democrata reconhece derrota e diz que partido fará oposição a Merkel

O candidato do Partido Social-Democrata (SPD) nas eleições federais da Alemanha, Martin Schulz, reconheceu a derrota na votação realizada neste domingo.

Agência Brasil
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Publicado em 24/09/2017 às 15:05
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O candidato do Partido Social-Democrata (SPD) nas eleições federais da Alemanha, Martin Schulz, reconheceu a derrota na votação realizada neste domingo. - FOTO: Foto: John MACDOUGALL / AFP
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O candidato do Partido Social-Democrata (SPD) nas eleições federais da Alemanha, Martin Schulz, reconheceu a derrota na votação realizada neste domingo (24) e afirmou que fará oposição à atual chanceler Angela Merkel, vencedora do pleito, após quatro anos de aliança com a União Democrata-Cristã (CDU).

Entrevistado pela emissora pública alemã após um breve pronunciamento para os eleitores, Schulz disse ter “total apoio” da direção do SPD para continuar na liderança do partido e renová-lo.

Para os militantes do SPD, após a divulgação dos primeiros resultados de boca de urna que indicavam que o partido teve 21% dos votos, o pior resultado desde a Segunda Guerra Mundial, Schulz alertou para a “fratura” representada pela entrada no Bundestag da ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD).

“Falhamos no nosso objetivo”, reconheceu Schulz, que avaliou que o SPD não conseguiu convencer a base eleitoral tradicional do partido. Ele também alertou sobre a “impressionante força” da AfD, um fato que “nenhum democrata pode deixar de lado”.

Tensão

Schulz, que também citou a queda dos votos obtidos pelo partido de Merkel no pleito, indicou que a chegada de mais de 1 milhão de refugiados na Alemanha ainda causa tensão no país.

“Lutaremos veementemente e com todas as nossas forças contra a extrema direita”, prometeu o ex-presidente do parlamento europeu.

O SPD, segundo Schulz, independente do resultado, seguirá lutando por princípios e valores como a democracia, a tolerância, o respeito e o sentimento de comunidade.

O candidato indicou que, no último governo, o SPD conseguiu, dentro da coalizão liderada por Merkel, implantar um salário mínimo interprofissional, melhorar as aposentadorias e conter o aumento dos aluguéis no país.

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