A Aliança do Atlântico Norte (Otan) decidiu expulsar nesta terça-feira sete diplomatas russos e negar credencial a outros três como parte da campanha internacional motivada pelo caso de envenenamento do ex-agente duplo russo em solo inglês, informou o secretário-geral Jens Stoltenberg.
"Retirei hoje a credencial de sete pessoas da missão russa ante a Otan. Também vou negar os pedidos pendentes de outros três", informou Stoltenberg à imprensa na sede da Otan, em Bruxelas.
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Com essa decisão, a missão russa passa de 30 membros para 20.
"Isso manda uma mensagem clara à Rússia de que há custos e consequências para sua forma de atuar, inaceitável e perigosa", acrescentou o secretário-geral da Aliança do Atlântico Norte.
Expulsões
Cerca de vinte países decidiram expulsar mais de 120 diplomatas russos no total pelo escândalo Skripal.
Serguéi Skripal e sua filha Yulia foram envenenados no dia 4 de março em Salisbury, no sul da Inglaterra, e ainda se encontram hospitalizados em estado crítico.
De acordo com as autoridades britânicas, o ataque contra Skripal e sua filha foi realizado com o agente neurotóxico Novichok, que, segundo afirmaram, somente é produzido na Rússia.
A existência deste programa fue revelada nos anos 1990 por Vil Mirzayanov, um químico russo refugiado nos Estados Unidos, que assegura que os agentes tóxicos foram criados na década dos 1980 por cientistas soviéticos.