A ex-presidente Dilma Rousseff repudiou, na tarde desta quarta-feira (12), a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão, no âmbito do caso triplex, na Lava Jato. Para a petista, Lula é vitima de "uma flagrante injustiça e um absurdo jurídico que envergonham o Brasil".
Leia Também
- Para cientista, é prematuro prever impacto na carreira de Lula
- Vem Pra Rua convoca 'barulhaço' em BV para celebrar condenação de Lula
- Para Ronaldo Caiado, condenação de Lula demonstra que lei é para todos
- Imprensa de todo o mundo destaca condenação do ex-presidente Lula
- Condenação de Lula é manifestação política, diz líder do PT
- Em sentença, Moro elogia Lula pelo combate à corrupção em seu governo
- Moro rebate acusações da defesa de Lula
- Para Humberto, decisão contra Lula é parcial, política e sem prova
No seu relato nas redes sociais, Dilma pontou que "sem provas, cumprem o roteiro pautado por setores da grande imprensa. Há anos, Lula, o presidente da República mais popular na história do País e um dos mais importantes estadistas do mundo no século 21, vem sofrendo uma perseguição sem quartel".
Citando a aprovação da reforma trabalhista, nessa terça-feira (11) no Senado, Dilma relatou 'indignação'. "Ontem, com indignação, assistimos à aprovação pelo Senado do fim da CLT. Uma monumental perda para os trabalhadores brasileiros. Agora, assistimos a essa ignominia que está sendo exercida contra o ex-presidente Lula com o objetivo de cassar seus direitos políticos. O País não pode aceitar mais este passo na direção do Estado de Exceção. As garras dos golpistas tentam rasgar a história de um herói do povo brasileiro. Não conseguirão", pontuou.
Condenação
Lula foi condenado porque teria recebido propinas de R$ 3,7 milhões da OAS através de três contratos com a empreiteira e a Petrobrás, por meio de um triplex no balneário do Guarujá e através do armazenamento de bens do petista, entre 2011 2016, recebidos na época em que era presidente, em troca de "vantagens indevidas". Mesmo sentenciado, o ex-presidente poderá recorrer em liberdade.
"Lula é inocente. E o povo brasileiro saberá democraticamente resgatá-lo em 2018. Nós iremos resistir", confirmou a petista.