EMPREENDEDORISMO

Endeavor recomenda inovação como remédio contra crise

Diretor da Endeavor no Brasil, Juliano Seabra, garante que crises passam e voltam, mas investimento em inovação é que faz empresas permanecerem

Da editoria de economia
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Publicado em 19/08/2017 às 7:15
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Diretor da Endeavor no Brasil, Juliano Seabra, garante que crises passam e voltam, mas investimento em inovação é que faz empresas permanecerem - FOTO: Foto: Divulgação
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“A única certeza que temos é de que, quem não investir em inovação vai estar pior na próxima crise se ainda estiver aqui”. A afirmação é do diretor da Endeavor no Brasil, Juliano Seabra, que esteve esta semana no Recife para conversar com empreendedores locais. Na análise do executivo da instituição global – cujo objetivo é incentivar ambientes de negócios –, a capital pernambucana está caminhando no mesmo ritmo do País em direção à retomada do crescimento, mas conta com um diferencial positivo: o ambiente de inovação.

A Endeavor está preparando sua edição deste ano do Índice das Cidades Empreendedoras, que leva em consideração fatores como ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora. Na edição do ano passado do índice, o Recife foi a cidade nordestina mais bem colocada no ranking, em 18º lugar, quatro posições atrás do seu desempenho anterior. O fechamento de 26 mil vagas no ensino técnico naquele ano e problemas de trânsito foram responsáveis pelo rebaixamento. Entre os destaques positivos estiveram o acesso a financiamento e mão de obra, ambos em 12ª posição na categoria.

Hoje, Seabra exalta como os frutos colhidos em decorrência dos investimentos no Porto Digital estão sendo importantes para o ambiente empreendedor da cidade em um momento difícil. “Crise sempre vai haver, é natural do ciclo econômico. Por isso é importante o investimento em inovação, que não pode ser da noite para o dia. Isso não acontece com uma canetada. É investimento sistemático de empresas, pessoas e governo”, destaca o diretor.

Ele destaca que o Recife tem bons exemplos de iniciativas inovadoras e disruptivas e que, consequentemente, estão atravessando e se fortalecendo no período de instabilidade econômica. Todas elas, direta ou indiretamente, fruto do ambiente de Tecnologia da Informação (TI) criado a partir do Porto Digital.

COMPARAÇÃO

“Percebemos agora que cidades que não trabalharam nesse sentido lá trás estão sofrendo muito agora porque os setores que mais sofrem são os mais tradicionais. Salvador e Rio de Janeiro, por exemplo, ficaram para trás”, comenta. No sentido oposto, ele destaca Florianópolis e São Paulo que lideram, respectivamente, o ranking do ano passado. Ambas contaram com projetos anteriores ao do Recife.

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