Eleições 2018

Candidatura de Temer é direito dele, afirma Alckmin

Pré-candidato ao Planalto pelo PSDB, Geraldo Alckmin disse que espera que a intervenção no Rio de Janeiro não tenha sido motivada por eleição

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Publicado em 24/02/2018 às 11:37
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Pré-candidato ao Planalto pelo PSDB, Geraldo Alckmin disse que espera que a intervenção no Rio de Janeiro não tenha sido motivada por eleição - FOTO: Beto Barata/PR
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O governador paulista, Geraldo Alckmin, que preside o PSDB e é pré-candidato ao Planalto pelo partido nas eleições deste ano, afirmou neste sábado, 24, que o presidente Michel Temer tem "direito" de ser candidato à reeleição.

Em meio à crescente especulação sobre os objetivos eleitorais de Temer após a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, Alckmin disse que esse não pode ser o objetivo do governo com a medida.

"Eu não tenho esse dom de penetrar consciências, espero que não tenha sido essa a motivação, mas, efetivamente, a grave situação no Rio de Janeiro", disse o governador tucano.

Resistências

A possível candidatura do presidente Michel Temer a um segundo mandato enfrenta resistências não apenas em partidos da base aliada do governo, mas no próprio MDB. Defendida nos bastidores por ministros que ocupam gabinetes no Palácio do Planalto, a estratégia para lançar Temer ganhou os holofotes depois que o governo anunciou a intervenção na segurança pública do Rio.

Em reunião da Executiva Nacional do MDB nesta quarta-feira, 21, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, fez uma defesa enfática da candidatura de Temer. A portas fechadas, Marun declarou que o presidente tem "todas as chances" de ganhar. "Eu disse que precisamos nos preparar para isso", afirmou o ministro. Ele disse ter conversado sobre o assunto com Temer, na segunda-feira. "A posição dele, hoje, é a de não disputar. Agora, quando os adversários se preocupam com isso, significa que estamos no caminho certo."

Reconduzido à presidência do MDB por mais um ano, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), ouviu a defesa feita por Marun, mas não seguiu na mesma toada. Disse que o partido trabalha para ter candidato próprio à Presidência, mas citou outros nomes além de Temer, incluindo o do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Sem espaço no PSD, Meirelles negocia filiação ao MDB.

"Nós estamos discutindo qual é o nome mais viável, mais factível, que possa ganhar as eleições", afirmou Jucá. Em conversas reservadas, porém, dirigentes do MDB sustentam que Temer somente será candidato se, em abril, chegar a dois dígitos de aprovação. Dono de altos índices de impopularidade, o presidente aposta em uma agenda mais social para melhorar sua imagem.

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