Justiça Eleitoral

Servidores do TRE param dia 19 contra extinção de zonas

Em Pernambuco o protesto será um dia antes da greve de 24 horas que deve ocorrer em todo o Brasil

Editoria de Política
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Publicado em 16/06/2017 às 7:00
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Em Pernambuco o protesto será um dia antes da greve de 24 horas que deve ocorrer em todo o Brasil - FOTO: Sérgio Bernardo/JCImagem
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Servidores da Justiça Eleitoral em Pernambuco vão paralisar as atividades nesta segunda-feira (19/06) num protesto contra a extinção de zonas determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em outros estados o dia de paralisação será na terça (20/06). “Para a maioria que trabalha no interior e mora na capital, fica mais fácil participar da mobilização na segunda”, explica Euler Pimentel, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal (Sintrajuf-PE).

A classe programa dois atos, um às 10 horas na frente do Tribunal Regional Eleitoral, na Avenida Agamenon Magalhães, no Centro do Recife, e outro às 14h, quando haverá reunião do pleno do TRE no mesmo prédio. A mobilização não deve, entretanto, parar totalmente o atendimento nos cartórios.
No mesmo dia (19/6), o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, que é acusado por servidores e associações de magistrados e do Ministério Público de provocar “desmonte” na Justiça Eleitoral com o rezoneamento, estará no Recife, palestrando para um grupo de empresários em Boa Viagem.
Os trabalhadores da Justiça Eleitoral em Pernambuco iniciaram há uma semana a campanha “Nenhuma zona eleitoral a menos”, que pede a revogação de resoluções do TSE. Uma manifestação ocorreu no dia 7 de junho, no TRE.

Redução de zonas eleitorais pode diminuir fiscalização sobre políticos

O rezoneamento pode reduzir à metade as 151 zonas eleitorais do Estado. O TRE já anunciou que extinguirá três zonas no Recife, que abrangem 36 localidades, e tem pouco mais de dois meses de prazo para apresentar ao Tribunal Superior um plano de redução e fusão de zonas em todo o Estado. O TSE decidiu reduzir a estrutura para economizar gastos. Mas a medida é criticada por diminuir o poder de fiscalização das eleições e dos políticos, além de dificultar o acesso de eleitores à Justiça uma vez que uma parte deles deixará de ter cartório perto de casa.

 

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