O grupo do deputado federal Jarbas Vasconcelos começou a encampar o questionamento quanto a filiação do senador Fernando Bezerra Coelho ao PMDB. Fernando, que tenta assumir a presidência do partido para conduzi-lo à oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) chegou a ser tratado como um não filiado pela bancada do PMDB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) durante discurso nesta quinta-feira (14). Orlando Tolentino, um assessor do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), pediu à Executiva Nacional do PMDB a dissolução do diretório estadual presidido pelo vice-governador Raul Henry.
"Foi preciso o senador ir para Brasília fazer sua entrada no partido por Brasília. Nós sequer recebemos nada aqui. Eu poderia dizer até que o senador, para nós, não é peemedebista porque não vi a ficha dele. A ficha não caiu neles ainda. Vossa excelência certamente também não viu a ficha de filiação porque não foi remetida de lá para cá. É uma prerrogativa que se tem de fazer lá a filiação. Mas eu acho que é pouco transparente e envolve certo misticismo, receio e temor de se fazer uma coisa quase na calada da noite", afirmou o deputado estadual Ricardo Costa.
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O discurso cerrado contra FBC foi puxado pelo deputado estadual Tony Gel, líder do partido na Alepe, que também alfinetou o processo de filiação do senador. "A regional aqui não descumpriu as normas do partido. Não cometeu nenhuma falha, nenhum erro, nada. É apenas um pretexto para que o senador Fernando Bezerra Coelho, que se filiou lá por Brasília, possa assumir o partido e levá-lo para a oposição ao governador Paulo Câmara", disse.
TOLENTINO
Já Gustavo Negromonte preferiu centrar fogo contra Tolentino. "Eu conheço. É o popular macaco da política. Pula de galho em galho na história política de Petrolina. Esteve sempre ao lado de quem estiver no poder em Petrolina. É uma pessoa que segue sempre a hermenêutica da conveniência. Vai para onde é melhor para ele", afirmou.
Sem um aliado direto na Alepe desde que o filho, Miguel Coelho, se elegeu prefeito, Fernando Bezerra Coelho ficou sem resposta no plenário, enquanto era criticado por mais de meia-hora. Quando o tema da filiação foi questionado na reunião do diretório estadual do partido, a assessoria do senador lembrou que ele teve a ficha abonada pelo presidente nacional do partido, Romero Jucá.