Dez alvos da Operação Torrentes foram presos novamente pela Polícia Federal, nesta terça-feira (21). Ao todo, foram expedidos nove mandados de prisão preventiva e dois de prisão domiciliar. Uma das pessoas não foi localizada.
Leia Também
- Após cinco dias, presos da Operação Torrentes são soltos
- Operação Torrentes: Justiça nega prorrogação de prisões
- Justiça concede habeas corpus a preso na Operação Torrentes
- Advogado de presos na Operação Torrentes critica prisões temporárias
- Último suspeito da operação Torrentes se entrega à Polícia Federal
O tenente-coronel Laurinaldo Félix do Nascimento e o coronel Fábio de Alcântara Rosendo cumprem prisão domiciliar. Outros seis homens e duas mulheres passarão por audiência de custódia e serão levados para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, e para a Colônia Penal Feminina do Recife.
Os oficiais também foram obrigados a entregar os passaportes, foram afastados das funções públicas e deverão pagar fiança posteriormente, o valor ainda será informado pela Justiça.
Civis presos
Os civis presos preventivamente são Heverton Soares da Silva, Ítalo Henrique Silva, Ricardo José de Padilha, Rafaela Carrazone da Cruz, Taciana Santos Costa, Ricardo Henrique Reis dos Santos e Emanoel Feliciano. O alvo Daniel Pereira da Costa não foi encontrado.
Novos fatos
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou as prisões após o surgimento de novos fatos na investigação.
Operação Torrentes
Treze pessoas que estavam em prisão temporária no âmbito da Operação Torrentes haviam sido liberadas em 14 de novembro, cinco dias após o cumprimento dos mandados pela Polícia Federal. O Ministério Público Federal (MPF) chegou a pedir à 36ª Vara Federal a prorrogação das prisões, mas a juíza Carolina Souza Malta negou.
A Operação Torrentes investiga supostas fraudes em contratos de assistência às vítimas das enchentes na Mata Sul pernambucana em 2010 e 2017, com foco na Secretaria da Casa Militar. A apuração começou a partir de um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) em 2016 apontando irregularidades como superfaturamento em 15 licitações entre 2010 e 2015.