Três homens foram detidos no domingo (14), na Avenida Paulista, cidade de São Paulo e enviados ao 78º DP, no Jardins, por estarem vestindo camisas com referências nazistas. Liberados pelo delegado Fred Reis de Araújo, após prestarem depoimento, os jovens alegaram que não se tratava de uma cruz suástica, mas da gamada hinduísta, símbolo da banda de heavy metal Burzum.
Por terem sido liberados, o ouvidor da polícia de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, vai requisitar à Corregedoria da Polícia Civil a verificação de supostas omissões do delegado. Elizeu também solicitou que seja feito um novo boletim de ocorrência para enquadrar o grupo por crime de ódio. O ouvidor alegou que os militantes estavam infiltrados na manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Ao jornal O Estado de São Paulo, Elizeu afirmou que "era um símbolo da suástica, mas se o delegado tinha dúvida, deveria ter feito a apreensão. Vou requisitar ao corregedor que verifique essas omissões. Na minha opinião deveria ter sido aberto inquérito policial para ver a procedências dessas pessoas. Deveriam ter consultado as redes sociais deles, mas eles foram liberados. Fizeram só um BO não criminal", disse o ouvidor.
No Brasil a lei 7.716, de 1989 estabelece pena de dois a cinco anos de reclusão e multa, para quem “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.
*Com informações do jornal O Estado de São Paulo