AFP - O ex-presidente da Fifa Joseph Blatter e o ex-presidente da Uefa Michel Platini foram acusados de "fraude" e "abuso de confiança" na Suíça, após a ampliação da investigação inicial contra eles por "gestão desleal", indicou na sexta-feira (27) uma fonte com acesso ao dossiê.
Nenhum fato novo foi adicionado a este caso, que, no fim de 2015, interrompeu a jornada dos dois líderes do futebol mundial. Os tribunais investigam o pagamento pela Fifa de 2 milhões de francos suíços (2,15 milhões de dólares) a Platini no início de 2011.
O Ministério Público suíço (MPC), em plena tempestade devido às acusações de conluio com a Fifa que apontam para seu ex-chefe, agora tem opções legais adicionais para qualificar o pagamento dessa quantia.
"Temos a sensação de que o MPC está mantendo esse procedimento antigo, há cinco anos, devido ao jogo artificial e demorado da ampliação de cargos", denunciou a equipe de Platini em nota à AFP.
LEIA MAIS
> Turbulências afetivas de Maradona antecipam problemas com herança
> Futebol argentino segue em frente sem o rei e com a “Copa Maradona”
> Pelé, o último Deus vivo do futebol
> As frases do povo na despedida de Maradona
> Lothar Matthäus diz que Maradona foi o “melhor adversário”
"Desde 2015, Michel Platini tem sido testemunha, testemunha assistida, foi oficialmente afastado do processo pelo próprio MPC em 2018 e, posteriormente, foi interrogado com base em suspeitas levantadas nas últimas audiências", realizadas em agosto e meados de novembro, disse a mesma fonte.
Criminalmente, o desafio para os dois ex-líderes não muda: as três acusações podem levar a cinco anos de prisão, segundo o código penal suíço.
Ex-aliados que viraram rivais, Blatter e Platini insistem, desde o início do caso, que o pagamento foi devido a consultorias realizadas pelo francês entre 1999 e 2002. A Fifa, liderada desde 2016 por Gianni Infantino, lamentou a falta de um contrato escrito para esta remuneração e, em 2019, exigiu na Justiça civil suíça o reembolso da quantia por Platini.