O treinador do Flamengo, Rogério Ceni, lamentou a eliminação precoce nas oitavas de final da Copa Libertadores diante do Racing na noite da terça-feira. Contratado há cerca de um mês, Ceni recebeu muitas críticas pelas escolhas que fez ao longo do jogo, especialmente pelas saídas dos meias Arrascaeta e Everton Ribeiro e entrada de Pedro apenas no segundo tempo. O técnico justificou as substituições, mas fez questão de apontar o peso que eliminação tem nos bastidores do clube.
"O peso é gigantesco. A Libertadores tem o maior significado dos campeonatos que nós jogamos na América do Sul. Não há como mensurar o tamanho, o prejuízo financeiro, de confiança, o que pode afetar para o dia a dia. O que temos que fazer é continuar trabalhando firme, fazer com que a equipe produza mais para conquistar o último título, que é o Brasileiro", disse o treinador.
Sobre as mudanças, Ceni, que passa a ter o cargo ameaçado, afirmou que optou por dar mais velocidade ao time após o gol do Racing.
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"Era um jogo que, por mais qualidade que eles (Arrascaeta e Everton) tenham, se faz necessária a velocidade pelos lados. Reforçamos o meio, abrimos Vitinho pela direita e Bruno Henrique pela esquerda, arriscando um pouco mais para manter a pressão", explicou Ceni. "Pedro não tinha condições de jogar 90 minutos. Avaliamos que 30 minutos era o que poderia entregar de melhor para gente. Pedro vinha de lesão, treinou apenas dois dias com a gente e não tinha condições de jogar uma partida inteira. Seguramos o máximo que deu para colocá-lo".
A eliminação na Libertadores, somada à queda nas quartas de final da Copa do Brasil, vai atrapalhar muito o planejamento financeiro da diretoria, já prejudicado pela pandemia do novo coronavírus e ausência de público nos estádios. O clube deixa de ganhar US$ 3,5 milhões, o equivalente a R$ 18 milhões na cotação atual, além dos R$ 7 milhões perdidos com a derrota para o São Paulo na competição nacional.