O terceiro vexame seguido do Sport na primeira fase da Copa do Brasil estava encaminhado, mas o resultado do jogo contra a Juazeirense pode ser definido pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Faltando seis minutos para o fim do jogo, houve uma queda na energia dos refletores e parte deles ficaram apagados. Com isso, o árbitro catarinense Ramon Abatti Abel paralisou a partida com o placar de 3x2 para os baianos. Em um primeiro momento, o embate ficou suspenso por 25 minutos. A bola voltou a rolar por um minuto. No entanto, o problema elétrico atrapalhou novamente a realização e a partida precisou ficou parada por mais de 45 minutos.
O juiz tentou retomar o embate, porém, os rubro-negros se recusaram a jogar sem uma solução na iluminação, mesmo expediente usado pela Juazeirense inicialmente. Segundo o Regulamento Geral de Competições (RGC) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no item 3, do Artigo 20, existe a possibilidade do resultado final do confronto eliminatório ser decidido no tribunal.
"Se o Clube que não deu causa à suspensão da partida estiver dependendo de saldo de gols para obter classificação às fases ou competições seguintes, a situação será decidida pela Justiça Desportiva", diz o regulamento.
Vale destacar que após a virada da Juazeirense o sistema de irrigação começou a funcionar em dois momentos. Posteriormente, após um choque com o atacante Mikael, o zagueiro Dedé levou a pior e uma ambulância chegou a entrar no gramado. A paralisação foi tão grande que o árbitro do jogo concedeu 11 minutos de acréscimos antes do problema com a energia dos refletores.
O JOGO
Como não poderia ser diferente em uma partida com cinco gols, a rede não demorou para balançar. No primeiro minuto, o meia Clebson, ex-Salgueiro, soltou o pé na cobrança de falta e o goleiro Luan Polli deu o rebote. Na sobra, o atacante Kesley apareceu para abrir o placar a favor dos mandantes. Precisando no mínimo do empate, o Sport precisou partir logo para cima da Juazeirense. Pouco tempo depois de sofrer a desvantagem, o Leão chegou com o zagueiro Rafael Thyere e o atacante Mikael. O defensor, em uma cabeçada, acertou o travessão e o centroavante não aproveitou na sequência.
Na outra investida, não teve jeito. O lateral-direito e capitão Patric foi derrubado dentro da grande área. Pênalti, que aos 11, o volante Ronaldo Henrique foi para cobrança e converteu com categoria. Animado, o clube rubro-negro não demorou para conseguir a virada. Aos 20, a defesa da Juazeirense errou na saída de bola. Ligado, o lateral-esquerdo Sander roubou a bola, avançou e bateu cruzado. A bola explodiu na trave e no rebote Mikael completou de primeira para o fundo do gol.
Precisando da vitória para avançar no torneio nacional, o time baiano partiu para cima e deixou espaço na defesa. O jogo fico lá e cá, mas nenhuma das duas equipes aproveitaram as oportunidades antes do intervalo.
No segundo tempo, a Juazeirense voltou com todo gás e novamente balançou a rede logo no primeiro minuto. Em um vacilo da zaga do Sport, Clebson apareceu livre na grande área e acertou uma bela cabeçada. Com a partida bastante disputada, os rubro-negros tiveram espaço para atacar, mas não aproveitaram os lances.
Primeiro, o lateral-direito Ewerthon, jogando improvisado no ataque, saiu na cara do goleiro Rodrigo Calaça pelo lado esquerdo, no entanto, se enrolou com a bola e errou o chute com a canhota. Na outra investida, Patric foi até a linha de fundo e levantou na pequena área para o volante Marcão, aparecendo como homem surpresa na frente de Mikae, acerta uma boa cabeçada e obrigar Calaça a salvar o time baiano.
Só que no futebol existe um ditado que é infalível: quem não faz, leva! E foi o que aconteceu no estádio Adauto Moraes. Aos 21, em nova chegada por cima, o zagueiro Dedé surgiu no ataque para acertar cabeçada e virar novamente o jogo, mas a favor da Juazeirense. Na base do abafa, o Sport até que tentou pelo menos o empate, porém, não obteve êxito.