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Executivo de futebol, Ari Barros passa a limpo primeiro mês de trabalho no Náutico

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LOURENÇO GADÊLHA

Publicado em 14/03/2021 às 9:06
Ari Barros, executivo de futebol do Timbu. Foto: Tiago Caldas/Náutico - Ari Barros, executivo de futebol do Timbu. Foto: Tiago Caldas/Náutico

Peça fundamental no processo de montagem do elenco para a temporada 2021, o executivo de futebol do Náutico, Ari Barros, concedeu entrevista ao repórter Davi Saboya, do Jornal do Commercio e Blog do Torcedor, e passou a limpo o trabalho que vem sendo realizado no Timbu. No Recife há pouco mais de um mês, o profissional demonstrou-se satisfeito com o elenco alvirrubro que tem apenas o Campeonato Pernambucano para disputar neste início de ano. Além disso, ele também falou sobre contratações, categorias de base, o interesse de outros clubes no lateral-direito Hereda e no volante Rhaldney,a situação do volante Bustamente, que tem sido pouco utilizado desde sua chegada, a opção de contar com apenas um lateral-esquerdo, além da recepção da torcida desde sua chegada.



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Ari carrega consigo um fato curioso. Isso porque o agora executivo de futebol já vestiu a camisa do Náutico enquanto foi atleta profissional, no início da carreira, ainda na década de 1990. De volta pouco mais de 20 anos depois, ele chegou ao clube referendado pelo trabalho que desempenhou no Juventude, quando conquistou acessos nos últimos dois anos, sendo o primeiro da Série C para B, e o mais recente, para a elite do futebol brasileiro. Confira abaixo à entrevista completa do dirigente Ari Barros.  

É uma satisfação enorme estar pouco mais de um mês à frente de uma instituição tão grandiosa como o Náutico. Me sinto honrado e privilegiado de poder trabalhar nesta instituição. Espero que o tempo que aqui eu estiver, seja de grandes frutos, conquistas e que os objetivos traçados possam ser alcançados. É um momento que o clube precisava de uma cara, de dar continuidade à algumas coisas que foram feitas na Série B. Fiquei muito feliz e satisfeito com o trabalho do professor Hélio, da sua comissão técnica, são profissionais de alto nível. Muito satisfeito também com os atletas para a única competição que nós temos que é o estadual. Para mim é uma honra estar trabalhando com jogadores consagrados, que tem história no clube. Não é atoa que o trabalho está sendo tão bem feito que em dois jogos, conseguimos duas vitórias, melhor ataque, melhor defesa. O caminho que estamos traçando está sendo executado com muito êxito. 

Estou satisfeito com o que temos hoje para o Pernambucano. Nós estamos bem servidos. Daqui a pouco temos que abrir um leque de opções, porque tem jogadores que estão pedindo passagem para ter uma oportunidade na equipe principal. São jogadores das categorias de base. Isso eu não abro mão. Temos um comandante que também não abre mão e sempre que é possível e tem um jogador em destaque, independente da idade, ele vai ser utilizado. Então não vou dizer que tenho contratações pontuais, de tal posição, porque hoje nós estamos satisfeitos com o que temos e se o mercado nos oferecer uma situação muito boa, nós vamos tentar agarrá-la para não deixar escapar. Tem oportunidades de mercado que podem surgir e posições podem ser reforçadas agora ou mais para frente, na Série B. Temos que fazer o nosso melhor agora no estadual, em busca do título, e na Série B, que vai ser uma das mais difíceis de todos os tempos. 

O ônus é a questão financeira que nos deixa muito mal, porque são duas copas, duas situações que nos deixam tristes por não estar disputando duas competições tão charmosas que é no caso a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil. O torneio nacional, inclusive, nos dá um retorno financeiro muito grande. Isso é prejudicial. Um clube da grandeza do Náutico ficar de fora de competições tão charmosas como acabei de citar. Em se tratando do calendário com apenas o estadual, a gente vai ficar praticamente duas semanas sem jogar. Não é bom. Isso é ruim, mas é o que temos. É trabalhar muito forte no dia a dia e quando chegar o dia do jogo, executar aquilo que está sendo treinado, que está sendo pedido pela comissão técnica através do comandante Hélio para conseguir as vitórias. É bom? Não é, mas nós temos que seguir com o que temos. 

Ari Barros ocupa o cargo de executivo de futebol do Timbu. Foto:. Tiago Caldas/Náutico

Teve e tem interesse de outros clubes no atleta. Os dois tiveram sondagem da Série A. Tiveram situações também de fora do país, só que o Náutico é uma equipe grande. Eu não posso simplesmente ter dois jogadores jovens em destaque com futuro e potencial de mercado, e chegar só porque é tal time, vai de graça. Não. O Náutico tem a necessidade de colocar esses jogadores de qualidade para jogarem, e depois fazer negócio. Mas também a gente não vai porque o jogador está no mercado, sendo visto e valorizado por outras instituições, a gente chegar e negociar a preço de banana. Nós vamos valorizar eles aqui, porque aqui é um clube grande, de tradição, de camisa. É uma torcida apaixonada. O Náutico é um time grande. Com todo respeito a outras instituições, mas eu tenho que defender o clube que eu trabalho, que dá o meu sustento e o pão de cada dia para minha família.

Já temos vários jogadores das categorias de base no profissional, tanto é que no nosso jogo de estreia,  o professor Hélio colocou um atleta de apenas 16 anos no jogo. Nós temos total interesse em colocar atletas jovens, os nossos valores, nossos ativos, para poder negociá-los, colocar no mercado, porque é isso que o clube visa.. fazer negócios com a os jogadores da base.

O Kevyn eu deixo para o setor jurídico. Todos nós sabemos que ele devia ter se reapresentado no clube na última quinta-feira (11), mas não se apresentou. O nosso jurídico já notificou que ele tinha que se apresentar. Essa parte deixo mais com o setor jurídico. 

Nós temos poucos jogos no mês. O Rafinha é o jogador de origem da posição que temos no elenco, mais um jogador da base. Então nós não precisamos colocar a corda no pescoço, porque temos apenas uma competição neste primeiro semestre. A princípio vamos com o que temos. Estamos satisfeitos com o que está posto no elenco. Esperamos que o Rafinha possa desenvolver o seu melhor como fez por onde passou com sucesso, com acessos, e grandes situações que é característico do atleta. Temos muito pé no chão e, baseado no orçamento, não podemos fazer besteira. Podemos ainda dar uma olhada nas categorias de base, para abrir mais o leque tendo essa posição na base que desponte como um grande futuro da instituição. 

O Bustamante não conseguiu se apresentar na data determinada por motivos do país onde ele estava não deixava embarcar por conta da covid-19. Quando ele chegou, os demais atletas estavam à frente dele. É um jogador que está treinando. Quando estava nos treinamentos, inclusive, teve um desconforto muscular, onde passou dois dias parado. Com isso, ele acaba perdendo. Agora está treinando, adquirindo a sua melhor forma física. Tem contrato a cumprir e é um menino que não dá trabalho em nada. 

Da torcida ainda não porque estamos necessitando e sentindo uma saudade enorme de ver os Aflitos cheio. Mas, nas redes sociais, recebi bastante apoio, elogios com relação ao nosso trabalho e resultados desportivos. Deu para sentir. Eu sempre fui sabedor do que é a torcida do Náutico. Espero que o quanto antes essa torcida possa estar no campo, gritando gol, comemorando vitórias, porque o Náutico tem um torcedor muito apaixonado, que vibra bastante. Não vejo a hora de ver o nosso estádio lotado e eu ali no meu cantinho sendo uma peça importante para contribuir na montagem do elenco, no dia a dia do trabalho e ver o resultado dentro de campo, porque vai me dar uma satisfação muito prazerosa. Tenho certeza que esse sentimento de trabalho, dedicação, empenho, eu quero repassar ao meu torcedor. Isso não falta, nem vai faltar de forma alguma. Essa comissão técnica, esse grupo de atletas, junto com nossos diretores, nós vamos fazer de tudo para conseguir nossos objetivos. 

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