AFP
A jogadora de futebol japonesa Kumi Yokoyama, que joga nos Estados Unidos, apresentou-se pela primeira vez como um homem trans.
O Japão é considerado mal posicionado em relação a outros países desenvolvidos em termos de reconhecimento dos direitos das pessoas LGBT +.
Morar nos Estados Unidos torna mais fácil ser "aberto" sobre sexualidade e gênero, disse Kumi neste fim de semana, em um vídeo postado na página do YouTube de sua antiga companheira japonesa Yuki Nagasato, campeã do mundo de 2011 e que também joga nos EUA.
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"Recentemente, o termo LGBTQ se tornou corrente no Japão e já aparece na imprensa", comentou Kumi Yokoyama, de 27 anos, que joga em Washington.
"Mas acho que, se pessoas como eu não se expressarem, as coisas não vão avançar", afirmou.
A pressão é forte no Japão para se adaptar às normas de gênero, enquanto a discriminação é menor nos Estados Unidos e na Alemanha, segundo Kumi Yokoyama, que jogou em Frankfurt em 2017-2018.
"No início, escondi (a transidentidade) das minhas companheiras, mas elas me disseram que a melhor coisa não era me calar e que eu não era obrigada a permanecer em silêncio sobre isso", acrescentou Kumi.
"Nós apoiamos você e estamos orgulhosas de você, Kumi. Obrigado por mostrar ao mundo que está tudo bem reconhecer você como você é", reagiu seu clube, o Washington Spirit, no Twitter.
No Japão, um projeto de lei contra a discriminação das pessoas LGBT+ terminou não sendo votado na sessão parlamentar encerrada na semana passada, apesar da iminência dos Jogos de Tóquio (23 de julho a 8 de agosto) e da mensagem de tolerância veiculada pelo movimento olímpico.
Nesta segunda-feira, a halterofilista neozelandesa Laurel Hubbard, de 43 anos, tornou-se a primeira atleta abertamente transgênero a ser selecionada por um comitê olímpico nacional para participar das Olimpíadas.