O Atlético-MG arrancou um empate em 0 a 0 com o Boca Juniors no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores 2021, disputada nesta terça-feira, no estádio La Bombonera, em Buenos Aires.
Em um duelo discreto com poucas chances criadas, o destaque foi um gol do Boca que o árbitro colombiano Andrés Rojas anulou, após consulta ao VAR, devido a uma suposta falta.
A partida de volta será disputada no dia 20 de julho, no Mineirão, em Belo Horizonte, e quem vencer esse duelo vai enfrentar nas quartas de final o vencedor do confronto entre River Plate e Argentinos Juniors.
VAR e polêmica
O Atlético entrou mais determinado a pressionar muito na saída de bola do Boca, disposto a incomodar a equipe local, com um trabalho constante de Nacho Fernández para construir os ataques e a força de Hulk, que teve a primeira chance com um chute cruzado que foi para fora.
Durante os primeiros 25 minutos, o time brasileiro apostou mais na mobilidade de Hulk abrindo espaços no ataque, e não apenas sendo um pivô como centroavante, mas também colaborando nas pontas.
Já o Boca se mostrou organizado mas muito lento na elaboração das jogadas, com uma falta de criatividade que fez o time sentir a ausência do colombiano Edwin Cardona, sem a capacidade inventiva de surpreender o time visitante.
Marcos Rojo deu um aviso com um chute de longa distância que o goleiro Éverson defendeu, e pouco depois veio o polêmico lance da noite, protagonizado pelo árbitro colombiano Andrés Rojas e o paraguaio Derlis López, que comandou o VAR.
Aos 34 minutos, Marcelo Weigandt entrou pela direita e mandou um cruzamento que Pulpo González, com uma cabeçada em dois tempos, mandou para o funda da rede diante da saída vacilante de Éverson, mas todo o time do Atlético, puxado por Nacho Fernández, partiu para cima de Rojas para reclamar.
Rojas observou a jogada pela tela enquanto falava com Derlis López, e assim o VAR determinou que no lance anterior houve uma infração em um empurrão quase imperceptível de Briasco em Nathan Silva, e assim anulou o gol 'xeneize', em uma polêmica que durou quase sete minutos.
Já nos acréscimos, mais uma vez os anfitriões estiveram perto do gol, em um cruzamento que González voltou a cabecear, mas desta vez Éverson estava atento e defendeu no canto esquerdo.
Disputa em aberto
O Boca foi claramente melhor no final do primeiro tempo e no início do segundo, embora tenha encontrado dificuldades para gerar perigo, com ataques repetitivos, sem espaços para poder explorar a velocidade de Pavón e do colombiano Villa, neutralizado na lateral em uma noite discreta.
Cheio de erros e faltas, o jogo ficou sem brilho, e o Boca só ficou perto da abertura do placar em um cruzamento de Pavón na pequena área que González não alcançou por milímetros para empurrar para a rede.
A última da noite veio dos pés do volante Jair, que nos acréscimos disparou de pé direito da meia-lua que subiu demais, à esquerda de Rossi, mas o placar não se mexeu mais e terminou com um 0 a 0 que deixa o duelo em aberto.
Em Belo Horizonte, o Atlético-MG terá o fator casa a seu favor, mas o Boca poderá avançar em caso de empate com gols, em uma revanche que promete entre a melhor equipe da fase de grupos e os 'xeneizes', obcecados na busca pela sétima Libertadores de sua história.