AFP
Messi é Paris: o astro argentino desembarcou na tarde desta terça-feira (10) na capital parisiense, onde centenas de torcedores deram as boas-vindas ao futuro jogador do Paris Saint-Germain.
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Ao chegar ao aeroporto de Le Bourget, o jogador, vestido com uma camiseta "Aqui é Paris", cumprimentou da janela os torcedores que o aplaudiam. O avião que o transportava com sua família pousou por volta das 15h30. Messi dará uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (11).
Em paralelo, o PSG postou nas redes sociais um curto vídeo de 13 segundos repleto de referências à carreira do atacante, como suas seis bolas de ouro e a bandeira argentina, colocada entre as camisas de Neymar e Kylian Mbappé. Esse detalhe não é trivial, uma vez que o francês ainda negocia a renovação de seu contrato. No fim da tarde, o clube confirmou a contratação do craque argentino.
Messi, de 34 anos, vai assinar com o PSG depois de passar por exame médico. Seu pai e assessor, Jorge Messi, confirmou por volta do meio-dia, com um lacônico "sim", aos jornalistas espanhóis que lhe perguntaram no aeroporto de Barcelona se o filho assinaria pelo clube da capital francesa.
Quando o clã argentino estava prestes a decolar, o retrato gigante do astro foi retirado das paredes de Camp Nou, o estádio onde o "Pulga" escreveu sua lenda, desde que chegou ali, aos 13 anos.
Enquanto isso, Paris se preparava para receber um dos melhores jogadores da história. No Parc des Princes, os funcionários limparam e montaram o tapete vermelho da entrada VIP do estádio por onde o jogador passará.
"Isso só acontece uma vez na vida. É uma das maiores transferências da história", diz Johlan Slama, um estudante que foi com um amigo ao estádio parisiense.
A "Messimania" tomou conta de Paris desde que o jogador admitiu, no domingo, que uma assinatura pelo PSG era uma "possibilidade".
"Messimania"
No fim de semana, os jogadores da Ligue 1 também compartilharam o entusiasmo com a provável chegada do bola de ouro. "Ele é o melhor jogador do mundo. Estou emocionado e feliz por tê-lo na nossa equipe", comentou o goleiro italiano campeão da Europa Gianluigi Donnarumma, em uma entrevista transmitida pela Sky Italia nesta terça.
"De novo juntos", escreveu no Instagram Neymar, que jogou ao lado de Messi no Barça entre 2013 e 2017.
Com Kylian Mbappé, se ele ficar, "Ney" e "Leo" formariam um dos trios de ataque mais formidáveis que lembrariam o MSN da era Barcelona, ao lado de Luis Suárez.
A imprensa francesa menciona para Messi um contrato de pelo menos dois anos, com um salário líquido anual de cerca de 40 milhões de euros. Isso o colocaria ao nível de Neymar (36 milhões de euros), o jogador de futebol mais bem pago da história do futebol francês.
DESPEDIDA
Messi dedicou ao Barça seu último fim de semana como jogador livre. No Camp Nou, em lágrimas, o jogador proclamou seu amor pelo clube aonde chegou ainda adolescente.
Questionado sobre a responsabilidade por este divórcio, o pai Jorge Messi respondeu nesta terça: "Vai ver isso com o clube".
"Nunca imaginei minha despedida, porque a verdade é que não pensava nisso", disse Messi, revelando que se ofereceu para cortar seu salário pela metade para poder ficar.
O Barça preferiu, no entanto, não renovar seu contrato, que expirou em junho e representava um risco muito alto para seus cofres.
A oportunidade foi aproveitada pelo PSG, cujo rico dono da empresa catariana Qatar Sports Investments (QSI) está em uma busca perpétua de superestrelas para desenvolver sua marca.
A solidez financeira da QSI e o relaxamento das regras de fair play da UEFA tornaram possível uma operação que ninguém imaginava no início do verão.
Em Paris, Messi encontrará jogadores de quem é próximo, a começar por Neymar, mas também Angel Di Maria, com quem acaba de vencer a Copa América.
O objetivo: vencer a Champions League, objetivo supremo da QSI, que espera erguer este troféu quatro vezes conquistado por Messi.