O primeiro encontro da seleção da Argentina com seus torcedores após a conquista da Copa América, acabando com um jejum de 28 anos sem títulos, não poderia ser mais emocionante e histórica. Além da vitória pela 10ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar, a partida no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, nesta quinta-feira, vencida por 3x0, colocou Messi, autor de todos os gols, como o maior artilheiro de seleções da América do Sul, com 79 tentos, superando Pelé (77).
Quando a bola rolou, A Argentina fez valer o mando de campo e sufocou a defesa boliviana. E não demorou muito para que o talento de Messi fosse destacado. Aos 13 minutos, o craque recebeu a bola na entrada da área, deu um lindo drible e bateu colocado, sem defesa para o goleiro Lampe. Foi o gol de número 77 do camisa 10 pela seleção em partidas oficiais, igualando-se a Pelé.
Com a desvantagem, os bolivianos tentaram pelo menos ficar mais com a bola, mas a Argentina aumentou a pressão na saída de jogo. Com isso, a opção dos visitantes foi cometer faltas e dois cartões amarelos foram distribuídos.
Apesar do grande domínio, a Argentina só foi ter mais uma grande oportunidade, aos 42 minutos, em mais uma jogada de Messi. O meia tabelou com Di Maria e tocou colocado, mas a bola saiu por pouco. Com a facilidade para atuar, a seleção da casa perdeu a concentração e Vaca quase empatou aos 43, após desatenção de Otamendi e De Paul.
No segundo tempo, a superioridade argentina continuou, sempre com a organização de Messi. Com o apoio incondicional da torcida, o meia, após duas oportunidades, ampliou a vantagem aos 18 minutos, depois de bela tabela com Lautaro Martínez. Gol histórico: 79 pela seleção, o maior artilheiro por seleções da América do Sul.
Ao final da partida, os jogadores celebraram a conquista da Copa América apresentando a taça. O camisa 10 era o mais emocionado. Comemorou muito e não conseguiu segurar as lágrimas.
A partir daí, foi uma festa, com os torcedores argentinos gritando 'olé' a cada toque na bola e Messi sorrindo como jamais foi visto ao atuar pela seleção de seu país. Mas ainda havia tempo para o terceiro, aos 42, após rebote de Lampe.