Se dentro de campo, o Brasil faz uma campanha excelente nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 no Catar, com oito vitórias em oito jogos, os bastidores que envolvem a seleção seguem bem agitados. Tudo em função da indefinição sobre o comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com a investigação das denúncias de assédio contra o então mandatário da entidade, Rogério Caboclo.
Caso a saída definitiva do cartola seja confirmada pela Assembleia Geral da CBF - ele está afastamento por um ano pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro -, uma mudança drástica poderia acontecer. De acordo com o site Metrópoles, se Caboclo realmente sair, a cúpula da CBF pode trocar o comando técnico da seleção, trocando Tite por Renato Gaúcho, hoje no Flamengo.
De acordo com o portal, até a influência de Jair Bolsonaro é citada. Tite não tem um alinhamento com o presidente, enquanto Renato Gaúcho é um apoiador do político. Tanto a Copa do Mundo, quanto as eleições presidenciais acontecem no ano que vem e um alinhamento é visto com bons olhos. Até o momento, o baiano Ednaldo Rodrigues é quem está à frente da CBF.
Tite assumiu o Brasil em junho de 2016, na época, aclamado por unanimidade pela mídia e torcida. Desde então, foram 63 jogos à frente da amarelinha, conquistando 47 vitórias, 11 empates e apenas cinco derrotas. O aproveitamento é de 80,4%. Quando se fala em desempenho, cinco anos depois, a credibilidade já não é a mesma.
A Seleção caiu nas quartas de final da Copa da Rússia para a Bélgica em 2018. Um ano depois, ele liderou a equipe rumo ao título da Copa América realizada no Brasil. Neste ano, a Seleção acabou perdendo o título da mesma competição em pleno Maracanã no clássico contra a Argentina. Nas Eliminatórias para a Copa do Catar de 2022, no entanto, o Brasil lidera com folga, estando invicto e somando oito vitórias em oito jogos.
Em relação à Renato Gaúcho, o treinador é visto por muitos como o melhor nome brasileiro à disposição para assumir a Seleção. O técnico tem postura totalmente diferente da de Tite, que é mais comedido. Portallupi é boleiro, dá declarações fortes e tem uma autoconfiança invejável. Hoje, ele comanda o Flamengo, que joga por música. São 13 vitórias, um empate e apenas uma derrota à frente do rubro-negro carioca.
Como treinador do Grêmio, foi campeão da Copa do Brasil em 2016, da Copa Libertadores da América em 2017 e da Recopa Sul-Americana em 2018. Em 2019, tornou-se o técnico com trabalho mais longevo no futebol Brasileiro, com quatro anos de comando e 260 jogos comandados.