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ASCENSÃO E QUEDA

Trio de ferro da capital vive festival de demissões de treinadores; Confira o aproveitamento de cada um deles

Santa Cruz, até agora, é o recordista com quatro técnicos contratados; Após tantas mudanças, futebol pernambucano não empolga

Cadastrado por

Marcelo Cavalcante

Publicado em 22/09/2021 às 19:08 | Atualizado em 23/09/2021 às 10:33
RELÂMPANGO Alexandre Gallo ficou menos de 15 dias no Arruda - BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

Quando a temporada começa o discurso é sempre o mesmo: contratar um treinador para um planejamento a longo prazo. A teoria é bonita. A prática é diferente. Que o dia os grandes da capital pernambucana.  O Náutico, nesta quarta-feira (22), deu mais um exemplo de que muitos fatores giram em torno da manutenção de um trabalho. O resultado fala mais alto. Marcelo Chamusca foi demitido após seis partidas. Pelas justificativas divulgadas, a diretoria alvirrubra não aprovou o perfil do treinador. Mas poderia saber antes da contratação. 



Mas, independente do motivo, o Náutico aumentou o número de técnicos que rodaram na capital pernambucana nessa temporada: 10 (E olhem que não estamos contando com o Retrô, que teve três técnicos). Nos Aflitos, o próximo contratado será o terceiro a aterrissar nos Aflitos. No apanhado geral, o Santa Cruz foi quem mais trocou. Bateu o recorde de troca de comandante numa só temporada. E o Leão resolveu apostar no mercado internacional. 

No resumo abaixo, levamos em consideração os jogos que marcam o começo da temporada, descartando o Campeonato Brasileiro 2020. 

SPORT 

Jair Ventura -  Ficou no clube graças ao milagre de ter mantido o Sport na Série A do Brasileiro. Com a contratação de reforços experientes, esperava-se uma postura diferente da equipe, mais ousada. Algo que não aconteceu. Após a goleada sofrida para o Ceará, por 4x0, na Ilha do Retiro. Foram 13 jogos, com três vitórias, três empates e sete derrotas. Aproveitamento 30,76%.

Umberto Louzer -  A diretoria do Sport não pensou duas vezes em contratar o treinador que, no ano anterior, conduziu a Chapecoense ao título da Série B. No Sport, estreou na vitória sobre o Retrô, por 1x0, e empolgou o torcedor na vitória sobre o Náutico, por 3x0. Mas ficou nisso. Chegou a ser pressionado no início do Brasileirão, mas com as mudanças da diretoria, ganhou sobrevida até o time perder para o São Paulo, na Ilha do Retiro, por 1x0.  Foram 22 jogos - seis vitórias, oito empates e oito derrotas. Aproveitamento: 39,39%.

Gustavo Florentin - A diretoria rubro-negra resolveu apostar no mercado internacional para comandar a equipe. O treinador paraguaio assumiu o cargo com a missão de fazer com o que Leão mostre um futebol de intensidade, sem medo de ser feliz. É cedo para qualquer julgamento. Mas até agora, em três jogos, foram um empate e duas derrotas. Aproveitamento:  11,11%.

NÁUTICO

Hélio dos Anjos - O que dizer de um treinador que livrou o time do rebaixamento da Série C do ano passado, quando todos pensavam que isso seria inevitável? Ficou em 2021 e Hélio dos Anjos comandou com maestria a conquista histórica do Pernambucano. Na Série B, começou de forma avassaladora. Mas a situação desandou após uma sequência ruins de resultados e desentendimento com a diretoria. O Náutico intensivo, forte, degringolou.  Foram 31 jogos, conquistou 16 vitórias, nove empates e seis derrotas. Aproveitamento:  61,29% 

Marcelo Chamusca - A diretoria do Náutico apostou num treinador  que tem experiência em acesso. Estava disponível no mercado após passagem razoável no Botafogo. Esperava-se uma mudança de postura da equipe. Mas o treinador não conseguiu o encaixe, apesar de ter estreado com vitória sobre o CSA, fora de casa. Como havia urgência numa retomada na Série B, a pressão foi grande e Marcelo chamuscou após derrota para o Londrina fora de casa. Foram seis jogos, com apenas uma vitória, dois empates e três derrotas.  Aproveitamento de 27,77%.

SANTA CRUZ 

João Brigatti - Foi o primeiro a assumir a responsabilidade de montar o elenco do Tricolor depois de uma tumultuada eleição. A diretoria acreditou no seu trabalho graças a sua passagem pelo Sampaio Corrêa. Mas o desempenho não agradou. Foi demitido após a derrota para o Botafogo-PB.  Foram 13 jogos, com quatro vitórias, dois empates e sete derrotas.  Aproveitamento: 35,89%.

Alexandre Gallo - Uma decepção. Foi tão rápida sua passagem que merece um texto curto por aqui. Além de não ter agregado, ainda fez um pronunciamento expondo as mazelas do Tricolor. Pediu demissão após  derrota contra o Sete de Setembro, por 2x0, no Arruda.  Foram três jogos, com duas derrotas e um empate. Aproveitamento: 11,11%.

Bolivar - Chegou com a bagagem de ter feito um bom trabalho no Brasil-RS. Chegou na reta final do Pernambucano. Foi eliminado pelo Náutico. Mas ganhou um período de treinos intensivos. Mesmo assim não engrenou. Demitido após derrota para o Ferroviário-CE. Foram seis jogos, com três derrotas e três empates. Aproveitamento: 16,6%.

Roberto Fernandes - Estreou no empate contra a Jacuipense, em 2x2. Para se ter uma ideia, os tricolores estavam comemorando o fato da equipe estar marcando gols. Esperava-se um desempenho mais forte da equipe. Até o próprio treinador reconhece que poderia ser melhor. Mas não aconteceu. O Santa Cruz não se segurou e caiu para Série D. Fernandes segue no comando da equipe. Até agora são 14 jogos, com duas vitórias, quatro empates e oito derrotas. Aproveitamento: 23,80%.

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