Pernambucano Batoré quase foi jogador profissional e mudou de carreira após violência; entenda
Humorista faleceu nesta segunda-feira (10), durante tratamento contra um câncer
Ator e humorista, o pernambucano Ivanildo Gomes Nogueira, conhecido como Batoré, que faleceu nesta segunda-feira (10), aos 61 anos, durante o tratamento de um câncer, quase teve outra carreira. Isso porque Batoré chegou a atuar em times de São Paulo, como Ituano, Santo André e Paulista de Jundaí. A ida para o mundo do humor, ocorreu após entrada violenta que o fez desistir do futebol.
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Esse outro lado de Batoré foi revelado pelo próprio humorista durante entrevista ao UOL, em 2014. Segundo ele, a lesão o deixou engessado da cintura para baixo por três meses. Por conta disso, perdeu uma chance na Ponte Preta, de Campinas.
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"O meu reserva me deu um carrinho por trás, maldoso, e me trincou os dois tornozelos. E eu sempre saía faltando uns 15 minutos nos jogos para ele ganhar o bicho também. Fiquei três meses engessado da cintura para baixo. Estava quase para acertar com a Ponte Preta na época", contou Batoré.
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Batoré se classificava como um jogador driblador. Inicialmente jogava como ponta, mas aos poucos migrou para a lateral esquerda. "Era tido como um louco, eu era futurista", afirmou ao UOL na época.
Apesar da lesão, Batoré não demonstrava magoa. "Foi um obstáculo que Deus colocou para que eu mudasse de rota, de destino. Eu teria sido um jogador comum, talvez não acontecesse no futebol, estaria condenado ao nada na vida, como muitos", disse.
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NASCE BATORÉ
Após a frustração no futebol, Batoré foi para o mundo do humor. Participou do Show de Calouros, no SBT, e explodiu na década de 90 no programa "A Praça é Nossa", da mesma emissora. Ele ganhou fama com bordões como "você é forgaaaado", "ah, para, ô" e "você acha que é bonito ser feio?". Segundo o próprio humorista, Batoré foi uma homenagem ao Nordeste.
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