O Náutico pode até não ter vencido o Campinense, nessa terça-feira (25), pela Copa do Nordeste, porém o técnico Hélio dos Anjos foi o grande destaque da noite. Não pelas táticas ou escolhas técnicas da equipe, mas pela postura que teve ao criticar as pessoas, incluindo os próprios jogadores, que não tomaram a vacina contra a covid-19. O Timbu não pôde utilizar o zagueiro João Paulo e o atacante Júlio porque eles não estão com o quadro vacinal completo.
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Hélio foi ainda mais preciso no seu argumento para criticar os jogadores: não é apenas porque existe uma regra que pede a vacina para os atletas em competições da CBF, mas também por uma questão de saúde pública. No Brasil, nessa terça, foram mais de 400 mortes por covid-19. Em Pernambuco, o número de casos voltou a patamares acima de mil pessoas. Um impacto direto da variante ômicron, considerada mais transmissível do que as outras variantes.
O detalhe é que muitos dos casos graves ocorrem sobre as pessoas não vacinadas ou com esquema de imunização incompleto. Ou seja, ao não se vacinarem, Júlio e João Paulo colocam a própria vida em risco diante do avanço da doença novamente. Isso sem falar no impacto de não poderem atuar, o que prejudica a carreira deles diretamente.
Ao se portar de maneira dura e crítica sobre o assunto, Hélio se mostra um verdadeiro líder. Dá exemplo para o grupo que seguiu as regras estabelecidas pelo Náutico e para a sua torcida. Aliás, o técnico está de parabéns por toda a postura que teve com relação à pandemia - foi um dos poucos treinadores a manter o uso da máscara durante bom tempo e foi um grande incentivador das vacinas, em todas as suas doses. Parabéns, Hélio. Que outros técnicos tenham a sua postura ao redor do Brasil.
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