Rubens Barrichello, ou simplesmente Rubinho, é um dos maiores pilotos brasileiros da história da Fórmula 1. Embora seja extremamente respeitado pelos seus pares, o ex-piloto da categoria, hoje com 49 anos, foi, e ainda é, alvo de muitas críticas e piadas por parte do torcedor brasileiro.
Na Fórmula 1 entre 1993 e 2011, o piloto que recebeu as expectativas de substituir Ayrton Senna como um brasileiro campeão mundial, viveu seu auge entre 2000 e 2005, quando correu ao lado do heptacampeão mundial Michael Schumacher, na Ferrari.
Embora tenha sido duas vezes vice-campeão mundial e tenha conquistado nove vitórias pela equipe italiana neste período, foi também lá que mais sofreu com as críticas e deboches.
Em entrevista com à jornalista Lívia Nepomuceno, no podcast Queimando a Largada, que vai ao ar nesta terça-feira (5), o ex-piloto que também passou por Brawn, Honda, Stewart, Williams e Jordan, relembrou os momentos e desabafou.
“Eu rio muito do humor do Brasil, mas ele começou a ficar pesado porque dá audiência. Em cima disso, a coisa perdeu o respeito”, falou Rubinho começando o seu raciocínio.
As piadas passaram tanto do limite, para Rubinho, que o mesmo chegou a chorar após ouvi-las.
“A primeira vez que eu vi um 'Casseta & Planeta!' (programa extinto da Globo), eu chorei piamente. O choro da injustiça é um choro doído. O reconhecimento nada mais é que um ego tolo mesmo. Todos nós lutamos por isso, mas é uma forma tola de fazer com que a gente se sinta bem", desabafou.
Rubinho ainda falou que demorou, mas conseguiu superar as piadas e passou a não ligar para elas depois de amadurecer ainda mais como piloto e pessoa.
"Reconhecimento, a gente quer do trabalho, da família, dos filhos. Mas o reconhecimento próprio, a gente só vai ter com a maturidade. É onde a gente fica dando cambalhota em volta.”
Números de Rubinho
Rubens Barrichello concluiu 326 corridas na Fórmula 1, somou 68 pódios (oitavo entre todos os pilotos na história), venceu 11 GPs e conseguiu 14 pole position em sua carreira.
Rubinho foi vice-campeão mundial em 2002 e 2004, pela Ferrari e terminou em terceiro em 2001, também pela Ferrari, em 2009, pela Brawn.