A última partida do PSG pelo Campeonato Francês, não ficou marcada nem pela grande atuação de Lionel Messi e nem pelo placar elástico frente o Montpellier - 4x0. Mas sim por um ausência que foi bastante comentada na imprensa francesa: a do meio-campista do PSG, Idrissa Gueye.
O africano não participou do jogo contra o Montpellier e os jornais da França especularam um possível boicote do jogador à causa LGBTQIA+, já que o clube francês atuou com a numeração nas cores da bandeira do movimento que busca mais respeito e empatia da sociedade.
A informação foi veiculada pela "RMC Sports", que afirmou que o atleta se opôs a atuar a prestar sua solidariedade com à causa por ser contra o movimento..
O jornal ainda confrontou outra partida em que o PSG fez uso de cores da bandeira LGBTQIA+ e que Gueye também não atuou, alegando estar com "gastroenterite".
Após o jogo, o técnico do PSG, Mauricio Pochettino, foi questionado sobre a não participação de Gueye na partida contra o Montpellier e afirmou: "O Idrissa [Gueye] fez a viagem para Montpellier, mas não jogou devido a problemas pessoais. Não está lesionado", disse o comandante argentino.
Gueye é assumidamente muçulmano e, em alguns países, a homossexualidade não é permitida, sendo passível de morte.
Em contato com a "RMC Sports", o presidente da Federação Esportiva LGBTQIA+, Eric Arassus, ficou furioso com a atitude de Gueye e pediu para que o jogador fosse punido.
"É um excelente jogador, reconhecemos isso, mas a religião não deve ser questionada no esporte. Podemos dizer que a homofobia é uma negação no esporte. Todos os jogadores participaram, menos ele, devia ser punido".
"Quando vemos um jogador inventar desculpas, como uma pseudo gastroenterite, percebemos que é homofobia e que o clube e a Liga deixaram isso acontecer. Ser homofóbico é punível por lei", disse Arassus.