O comentarista e ex-jogador Walter Casagrande mudou de casa após 25 anos na Globo, mas, o hábito de criticar Neymar parece seguir na sua agenda. Em seu mais novo texto no Uol Esporte, o "Casão" criticou a, segundo ele, "alienação" dos jogadores frente a situação política do País.
Dentre os episódios citados por Casagrande, estão o auge da pandemia de covid-19, a Copa América 2021, o "caso Robinho", invasões de campo e ataques a ônibus de equipes no futebol brasileiro, sobre os quais, segundo ele, os jogadores haviam se omitido de se posicionar.
A crítica a Neymar vem no parágrafo em que elogia, antes de criticar, a defesa ao meia Lucas Crispim, do Fortaleza, encabeçada pelo atacante do PSG e da Seleção Brasileira, pela multa sofrida por realizar uma festa de aniversário após uma derrota do time cearanse.
"Alguns mostraram solidariedade ao jogador Lucas Crispim, afastado pelo Fortaleza porque, mesmo com mais uma derrota do seu time, decidiu fazer sua festa de aniversário. Achei a punição absurda, mas o que me incomoda é que por causa do divertimento, alguns se manifestam", começou.
"Neymar puxou a fila dos revoltados com essa situação, mas é óbvio que a sua revolta pelo colega é porque ele, nos últimos anos, fez muita festa e jogo de pôquer. Gols decisivos e importantes, NADA", concluiu num ataque gratuito ao jogador.
Casagrande defendeu direito dos jogadores à diversão
Apesar da crítica gratuita a Neymar, Casagrande frisou que não é contra os jogadores saírem, realizarem festas ou coisas do tipo. Mas, que gostaria de ver mais atitude relacionada a temas políticos como machismo, racismo e homofobia.
"Todos têm o direito ao entretenimento, mas os jogadores deveriam se preocupar também com o que está acontecendo na sociedade. Que os nossos jogadores percebam a importância de serem defensores da democracia. Chega de racismo, homofobia e machismo na nossa sociedade", encerrou.