Tá podendo o Leão, hein? O Sport rejeitou, oficialmente, a última proposta do Bahia para contar com Luciano Juba de imediato.
O meia de 23 anos tem contrato com o rubro-negro até o fim de agosto. Ao fim deste prazo, Juba estará livre para fechar com o Tricolor de Aço totalmente de graça, sem qualquer pagamento em favor do Sport.
O valor oferecido pelo Bahia não foi baixo: R$ 4 milhões, algo muito próximo do valor de mercado do jogador na avaliação do site especializado Transfermarkt, que o classifica na casa dos R$ 4,8 milhões.
No entanto, o que mais surpreende na negociação não é valor em si, mas as posturas das equipes. É extremamente inusual ainda é uma proposta nestes parâmetros por um jogador que se poderá ter de graça em alguns meses, neste caso, em dois.
Mais inusual ainda é que ela seja recusada. Mas, podemos tentar entender o que levou tanto Sport quanto Bahia a adotarem tais posturas.
Que R$ 4 milhões para antecipar algo que já está certo para acontecer em menos de dois meses é um alto valor, isso não se discute.
Mas, o quanto vale disputar a Série A do Brasileirão? Em termos objetivos, mais do que o triplo desse valor.
Em 2023, o 16° colocado da tabela, último time antes da zona de rebaixamento, receberá R$ 15 milhões, o que já seria suficiente para justificar o investimento do Bahia, sem acrescentar a maior visibilidade, que atrai patrocínios mais valiosos, além das cotas de TV.
O mesmo se aplica ao Sport, que quer voltar à elite para conseguir melhores valores em contratos e premiações.
E as situações de pernambucanos e baianos não permite relaxamento. O Sport é o vice-líder da Série B com 32 pontos e disputará mais 11 partidas até o último dia de agosto.
Portanto, disputará 33 pontos nesse período, suficiente para chegar aos 65 pontos, pontuação que sempre garantiu o acesso aos times que nela chegaram desde 2014.
Já pelo Bahia, o período representa 7 jogos na Série A, ou 21 pontos. O tricolor é o 16° da Série A com 13 pontos e precisa somar o máximo possível para escapar do rebaixamento.