Ativista Greta Thunberg faz apelo internacional para combater coronavírus no Amazonas

"As consequências das mortes dos povos da Amazônia e da destruição da floresta amazônica serão globais", disse Greta
Agência Brasil
Publicado em 15/05/2020 às 12:35
Diante do coronavírus, Greta fez apelo pela Amazônia Foto: Foto: CRISTINA QUICLER / AFP


A ativista Greta Thunberg respondeu ao prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, por meio de uma carta aberta e um vídeo gravado por ela e outros 12 companheiros do movimento FridaysforFuture na quinta-feira, 14. No último dia 3, o prefeito brasileiro havia pedido ajuda à ambientalista para que ela usasse sua "influência" e ajudasse a combater a pandemia do novo coronavírus na região da Amazônia.

"As consequências das mortes dos povos da Amazônia e da destruição da floresta amazônica serão globais", diz Greta no vídeo. O conteúdo foi publicado na conta oficial da Prefeitura de Manaus e repostado por Virgílio Neto. "O nosso apelo para que as grandes nações ajudem Manaus a enfrentar a pandemia ganha ainda mais força com o apoio do movimento FridaysForfuture, encabeçado pela ativista ambiental sueca."

Greta descreve Manaus como "o coração" da Floresta Amazônica, enquanto outros jovens de países como Irlanda do Norte, Portugal, Suécia e Nova Zelândia frisam a importância da biodiversidade e dos recursos naturais presentes na região no contexto global. O vídeo também conta com a participação de ativistas brasileiros, que reforçam o pedido de ajuda: "Nós estamos sendo atacados. Nós estamos morrendo".

O vídeo é direcionado principalmente aos governantes de países que "já superaram o pico da covid-19" e reforça que o sistema de saúde do Amazonas está com falta de respiradores, medicamentos e equipamentos de proteção individual. "Nós precisamos defender os povos tradicionais da Amazônia de invasores que podem levá-los à morte. Nós temos que defendê-los das ações negligentes e irresponsáveis do nosso governo federal", afirmam os ativistas.

Em seu Twitter, Virgílio Neto agradeceu aos jovens e defendeu que a proteção dos povos indígenas é um assunto de interesse global. "Eles entendem a importância de garantirmos que os povos tradicionais da Amazônia não sejam dizimados pelo novo coronavírus. Lutaremos até o fim e não descansaremos enquanto não vencermos a covid-19."

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