O pico da pandemia do novo coronavírus, ou seja, curva mais alta de casos confirmados, deve acontecer nesta semana no Brasil, conforme estudo matemático de pesquisadores da Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Marinha do Brasil e Universidade de Bordeaux, na França. O modelo denota que o número de registros deve começar a se estabilizar em julho, ao alcançar um patamar de 370 mil. Este número pode chegar a 1 milhão, se forem levados em consideração os casos não reportados. As informações são do Estado de S. Paulo.
A projeção leva em consideração o atual quadro de isolamento social, medidas de higiene e quantidade de testes aplicados. Ou seja, se tudo continuar como está, a pandemia deve ‘estacionar’ em cerca de um mês. Entretanto, cientistas alertam que é mais provável que quarentena seja relaxada e o número de testes aumente, o que deve ampliar o número de casos pela covid-19. “Depois do pico, o número de casos acumulados continua crescendo, ele não para de crescer, mas o País vai reportando cada vez menos casos, e a curva começa a mostrar uma tendência de queda”, explica o pesquisador Renato Cotta, professor titular da Coppe/UFRJ e consultor técnico da Marinha do Brasil. “Se tivéssemos o cenário de hoje congelado, chegaríamos ao dia 150 da pandemia, em 18 de julho, com 368 mil casos.”
O modelo não calcula o número de mortes, mas a mortalidade do novo coronavírus no Brasil está em 6,7%, o que resultaria em 25 mil mortes até o fim de julho.
No entanto, é necessário lembrar que o número oficial de casos depende diretamente da quantidade de testes que são aplicados e pode haver significativas alterações, de acordo com as medidas de isolamento adotadas. “A testagem está aumentando, estamos em 3,5 milhões de testes feitos e devemos chegar a 10 milhões nas próximas semanas”, diz Cotta, acrescentando que, com isso, o número de casos reportados forçosamente aumentará. “Além disso, há o afrouxamento da quarentena, seja involuntariamente ou por decreto, que vai fazer com que o número de casos aumente.”
As duas situações já foram observadas anteriormente e alteraram a curva de casos, conforme ilustrado por Cotta. Apesar de em um primeiro momento o número de casos coincidir com a projeção, na medida em que o isolamento foi sendo relaxado os números de casos começaram a aumentar. Movimento se acentuou ainda mais depois que o Brasil começou a ampliar as testagens.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.