O ministro da Educação, Abraham Weintraub, sugeriu nas redes sociais que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja adiado de 30 a 60 dias, após polêmicas sobre a aplicação da prova durante a pandemia do novo coronavírus. Nessa terça-feira, o Senado aprovou projeto para adiamento do exame. A Câmara dos Deputados vota o assunto nesta quarta-feira (20).
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As provas do Enem estão marcadas para os dias 1º e 8 de novembro no modelo tradicional e 22 e 29 de novembro para o formato digital.
O adiamento é justificado pela pandemia do novo coronavírus e se aplica aos demais processos seletivos da educação superior, como os vestibulares. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já havia feito um apelo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que é contra o adiamento do Exame.
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Mais cedo, nesta terça (19), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, comunicou via Twitter que os candidatos inscritos no Enem iriam opinar se as datas das provas deste ano deveriam ou não ser mantidas.
O governo Bolsonaro tem defendido a manutenção da realização do Enem em novembro, desde que a pandemia começou a ganhar força no Brasil e apesar da crise gerada por ela.
Abraham Weintraub chegou a acusar "a esquerda" de agir para que as provas não aconteçam. Durante uma reunião com parlamentares, na semana passada, o ministro da Educação afirmou que o Enem não foi feito para resolver o problema da desigualdade no país, voltando a afirmar que manteria o exame em novembro.
Segundo o portal UOL, a ideia de fazer uma consulta pública aos inscritos no Enem foi debatida com Bolsonaro. Na semana passada, ele afirmou pela primeira vez que a aplicação das provas pode ser atrasada, mas que deve acontecer ainda em 2020.